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Gol corta 1,1 mil vagas para reduzir custos e muda política de hedge

Com o objetivo de diminuir custos, a Gol decidiu promover um corte de 1,1 mil vagas de seu quadro, informou hoje o vice-presidente de Finanças da empresa, Leonardo Pereira.
O restante corresponde a vagas que seriam abertas, mas que foram canceladas. Segundo Pereira, esse processo de cortes já foi concluído.
“O foco aqui é em processo, para fazer mais com menos”, disse o executivo, que prevê uma economia de R$ 45 milhões com gastos de pessoal em 12 meses. Ele conta que no início do ano foi contratada uma consultoria para rever os processos da empresa. No primeiro trimestre, essa linha do balanço totalizava R$ 360 milhões.
Os constantes aumentos no custo médio do barril de petróleo também levaram a Gol a mudar sua estratégia. Para se proteger das oscilações de preço da commodity no mercado internacional, na semana passada a companhia decidiu aumentar sua posição em hedge para 40% do consumo nos próximos 12 meses. Antes, apenas 20% estavam protegidos.
“Entendemos que a realidade da indústria está diferente, então estamos mais cautelosos e com um gerenciamento mais ativo dessa posição”, disse Pereira.
Além disso, a companhia ampliou um gatilho de compra caso o preço do petróleo caia em até 36 meses. “Dependendo da situação, somos mais agressivos ou menos agressivos na compra da proteção”, explicou.
Ele acredita que o yield (indicador das tarifas pagas por quilômetro de voo) médio da Gol no primeiro trimestre, de 19,83 centavos de real, garante rentabilidade e está dentro do guidance fixado pela companhia, entre 19,5 e 21 centavos de real.
A empresa não pretende aumentá-lo no segundo trimestre. Para o executivo, pode ser que haja uma recuperação do yield, mas ao longo do ano, sobretudo no segundo semestre.
Questionado sobre uma eventual guerra de preços no setor, Pereira afirma que a Gol não tem interesse em aumentar a oferta de forma agressiva, e que promoções sempre fizeram parte da política de baixo custo da companhia. “Neste primeiro trimestre aumentamos nossa oferta em só 5%, enquanto a indústria aumentou em 14%”, compara.
Segundo ele, a empresa continua de olho em novos canais de distribuição de baixo custo, como quiosques. Para ficar cada vez mais perto da nova classe média, o executivo não descarta inclusive parceria com varejistas.

Fonte: O Globo

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