DiversosNotícias

Ginecologista pratica “racismo científico” contra mulher negra

O caso em que uma ginecologista disse a uma mulher negra do Rio de Janeiro que o odor vaginal em mulheres pretas “é mais forte” acendeu um alerta para uma prática bastante comum na medicina e na sociedade: o racismo científico.

Também chamado de racismo biológico, o racismo científico é um conjunto de teses desenvolvidos no século XVII que consistem na noção, praticada por pessoas racistas, de que exista uma raça superior e outra inferior por meio do que, consideram estes, evidências empíricas.

Algo como o reproduzido pela médica Helena Lanzac, ginecologista que atendeu uma jovem negra de 19 anos que preferiu não se identificar. “A ginecologista nada mais está fazendo do que reproduzir as dinâmicas da saúde, que são extremamente contraditórias e vão tentar o tempo todo desumanizar uma população”, explica Carla Akotirene, doutora em estudos de gêneros e mulheres da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

A explicação, para a intelectual, está além do comportamento da profissional de saúde – que disse ter 44 anos de profissão – , mas sim em um contexto maior, do ambiente de trabalho e da sociedade. “A médica é racista, mas a instituição é responsável porque não capacitou essa médica para atender a mulheres negras”, argumenta.  

Fonte: NULL

Falar agora
Olá 👋
Como podemos ajudá-la(o)?