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Gestão de contas encontra terreno fértil na internet

Nos últimos cinco anos, os canais digitais mostraram forte crescimento como forma de relacionamento entre bancos e clientes. Enquanto em 2011 a participação de mobile e internet banking, juntos, representava 38% do volume de transações, em 2016 esse percentual chegou a 57%, conforme pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em parceria com a consultoria Deloitte. Apesar de ter sido superada pelo celular, a internet totalizou, no ano passado, 14,8 bilhões de transações, o que significa uma fatia de 23% do número de operações.

No ambiente empresarial, o canal segue como um dos principais instrumentos para a gestão das contas. E tem evoluído para atender às demandas dos clientes corporativos. “Os bancos estão usando toda a tecnologia para levar ao mundo corporate a mesma facilidade oferecida às pessoas físicas”, aponta Paschoal Pipolo Baptista, sócio-líder de TI para o setor financeiro da Deloitte.

O Santander lançou, em junho, uma plataforma de negócios internacionais via internet banking por meio da qual é possível consultar ordens de pagamento em dólar e remessas da moeda americana para o exterior. Cerca de 500 companhias estão utilizando o serviço, disponível para todos os clientes pessoa jurídica. Ao longo do tempo novas funcionalidades, como assinatura eletrônica de contratos, serão incorporadas à plataforma.

“O objetivo é dar uma solução completa ao cliente da mesma forma que ele tem para transações em reais, transformando pagamento internacional em algo tão simples quanto uma TED”, explica Luiz Masagão, diretor de tesouraria responsável pelo atendimento aos clientes. Também no mês passado o banco atualizou o internet banking para a pessoa jurídica.

No Banco do Brasil (BB), em torno de 1,5 milhão de clientes PJ acessam o gerenciador financeiro, nome da plataforma de internet banking da instituição. Cerca de 800 mil empresas fazem regularmente transações com movimentação financeira, como transferência entre contas e pagamentos de faturas de concessionárias de serviços públicos e de boletos. No caso de grandes empresas, cujas transações são via troca de arquivos, destacam-se também folha de pagamento e pagamento de fornecedores, diz João Carlos Pinto de Mello, gerente executivo de soluções empresariais do BB.

“O internet banking está consolidado há algum tempo como o principal canal transacional dos clientes corporativos”, diz. Segundo ele, ao longo dos anos, o banco tem ampliado a quantidade de serviços pelo canal. Atualmente, o gerenciador financeiro do BB oferece ao redor de 500 operações para a pessoa jurídica, desde transações do dia a dia, como pagamentos e transferências, até aquisição de consórcios e assinatura de contratos de Câmbio.

No Bradesco, os canais digitais (internet e celular) já correspondem a 80% do total de transações, incluindo correntistas pessoas físicas e empresas. O internet banking é usado por mais de 1 milhão de clientes PJ do banco, conforme dados até maio. “Para a pessoa jurídica, a internet é um meio poderoso. Grandes empresas fazem a gestão do caixa por meio desse canal”, diz Luca Cavalcanti, diretor executivo de canais digitais do banco. Transferências entre contas, pagamento de boletos, tributos e registro de cobrança on-line estão entre as principais operações.

Entre os países latino-americanos nos quais o Citi está presente, o Brasil lidera o número de clientes do internet banking, com 18 mil empresas que usam o canal. Disponível em mais de 90 países e 18 idiomas, a plataforma global do banco é mais acessada para inserir pagamentos e consultar saldos e extratos. Em outra ferramenta, conectada ao sistema de gestão da empresa, o cliente faz transmissão de arquivos, incluindo cobrança e pagamento de tributos.

Neste ano, o banco colocou à disposição dos clientes uma nova ferramenta de troca de arquivos. Por meio dela, a empresa tem acesso aos principais serviços do banco de forma on-line e em tempo real. “Basta definir os parâmetros das informações financeiras desejadas, como consulta de salto e extrato da conta corrente, e o banco entrega os dados por essa plataforma de API”, explica Renato Cortezze, responsável pela área de canais corporativos do Citi Brasil.

 

Fonte: Valor

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