Fundos imobiliários têm melhor ano desde 2019 e sobem até 110%
O Ifix índice dos fundos imobiliários mais negociados da Bolsa encerra 2023 com ganhos de 15,49% o maior desde 2019, quando o indicador registrou elevação de quase 36%. Individualmente, o FII Hotel Maxinvest foi o grande destaque com valorização de mais de 110% nos últimos 12 meses.
Os dados são da Economatica, plataforma de informações financeiras, e tomam como base os 108 fundos que compõem a carteira teórica do Ifix.
Os números consideram a valorização da cota e os rendimentos distribuídos ao longo do ano. De acordo com o levantamento, apenas 15 fundos terminam 2023 no campo negativo. O Tordesilhas EI registrou perdas de quase 70% no período a maior entre os principais FIIs do mercado.
Em relação aos principais segmentos aqueles com até quatro representantes , o de shopping apresentou o maior retorno, 30%. Os de recebíveis (Títulos e Valores Mobiliários) subiram, em média, 11%.
O que esperar para 2024
O ano de 2023 marcou a retomada do mercado de FIIs e 2024 deve mostrar a continuação dessa tendência de valorização das carteiras, projeta Marcelo Hannud, CEO da Aurea Finvest. Não tenho dúvida de que vamos assistir a uma recuperação de forma generalizada e em todos os segmentos, diz.
A atenção do investidor deve estar sempre voltada aos fatores macroeconômicos, que sempre impactam o mercado, orienta Hannud.
Ele cita principalmente o equilíbrio das contas públicas fator que influencia na inflação e, consequentemente, no comportamento da taxa básica de juros, a Selic.
O ciclo de cortes do indicador que caiu de 13,75% para 11,75% ao ano de agosto para cá é apontado como o principal estímulo para a valorização dos FIIs em 2023.
A manutenção da tendência de queda da Selic em 2024 está entre os gatilhos para destravar ainda mais valor dos fundos imobiliários no ano que vem, reflete Flávio Pires, analista da Santander Corretora. Além da queda de juros, a entrada de mais investidores institucionais pode beneficiar o mercado, pontua.
Diante do cenário, o investidor deve observar a capacidade de crescimento dos portfólios e ter uma visão mais de médio e longo prazo, recomenda Pires.
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