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Fundos de pensão se recuperam e devem fechar ano no azul

Os fundos de pensão brasileiros devem encerrar o ano com rentabilidade acumulada de 13,4% ante necessidade atuarial de 11,5% (INPC+6%), isso se mantidas as projeções da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp). “Estamos prevendo que a BM&FBovespa atinja os 75 mil pontos até o final do ano”, disse José de Souza Mendonça, presidente da entidade, durante a 31ª edição do Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, que acontece em Olinda (PE) até sexta-feira.
Até junho, o ganho obtido pelos fundos de pensão era inferior à meta atuarial. Nos últimos oito anos, a meta atuarial só não foi superada em 2008 – auge da crise financeira mundial. Entre 1995 e 2002 a situação foi inversa: a meta atuarial só foi superada em duas ocasiões [1997 e 1999].
Já o superávit das entidades fechadas de previdência complementar deve ser de R$ 57,1 bilhões ao final do ano, sendo que em 2009, o superávit havia sido de R$ 66,1 bilhões.
Atualmente, 369 fundos de pensão compõem o sistema, sendo 269 privados, 82 públicos e 18 instituídos (fundos de pensão de entidades de classe, conselhos de profissionais liberais, sindicatos, federações, associações e cooperativas).
“O sistema cresce mais facilmente pelos fundos instituídos”, completou Mendonça.
Conservadorismo Renda fixa ainda predomina na carteira dos fundos de pensão.
Até junho, 62,8% do total aplicado estava em renda fixa, 29,6% em renda variável, 2,9% em imóveis, 2,6% em operações com participantes, 1,9% em investimentos estruturados, 0,1%em investimentos no exterior e 0,1% em outras modalidades.
“As entidades fechadas de previdência complementar são, por natureza, conservadoras.
Elas tendem a analisar o funcionamento do produto para depois investir”, afirmou.
“Já fundos de pensão de maior porte diversificam o portfólio por necessidade.
Eles precisam ampliar o escopo de produtos para rentabilidade o patrimônio.” Divisão por estado O Nordeste acumula patrimônio líquido de R$ 13,79 bilhões até junho deste ano – crescimento em linha com o sistema. Não foi à toa que Pernambuco foi escolhido para sediar a 31º edição do congresso – o estado concentra o maior patrimônio líquido da região, com R$ 5,96 bilhões até junho deste ano, seguido por Bahia (R$ 3,49 bilhões), Ceará (R$ 3,29 bilhões) e Sergipe (R$ 2 bilhões). A carteira dos outros três estados da região soma R$ 3,9 bilhões.
A 31ª edição do Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão deve receber aproximadamente 3,2 mil participantes.

Fonte: Brasil Econômico

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