Fundação Mapfre patrocina pesquisa sobre problemas do trânsito brasileiro
A Fundação Mapfre patrocinou a realização de uma pesquisa nacional ouvindo brasileiros de todas as regiões do País, desenvolvida pelo instituto Opinião Informação Estratégica, de Brasília, levantando problemas do trânsito e o que poderia ser feito para melhor, com o objetivo de contribuir para educação da sociedade e tomada de ações pelo Governo. A entidade apresentou os resultados em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (29/05), em São Paulo, com a participação de David D. Lima, presidente do Opinião e coordenador da pesquisa; J. Pedro Correa, especialista em segurança do trânsito e pai da pesquisa; e Fátima Lima, diretora da Fundação Mapfre.Sabemos que o trânsito do Brasil tem muitos problemas, o desafio é quantificar, saber o que precisa ser mudado, como mudar, disse J. Pedro Correa. Para evoluirmos, primeiro precisamos fazer um diagnóstico. Apontamos diversos pontos, mas não podemos fazer as melhoras, quem precisar agir é o estado. Iremos disponibilizar esses dados para o Governo, porque ele é ou deve ser o maior interessado em descobrir esses dados para a população brasileira. Os resultados gerais são nacionais, mas é possível segmentar por regiões, que têm características diferentes, para ações focadas.As entrevistas foram feitas entre os dias 10 de fevereiro e 7 de março de 2014, separando dois grupos: população em geral e executivos de órgãos e entidades que integram ou participam do Sistema Nacional de Trânsito. No primeiro grupo, 1.419 pessoas, maiores de 18 anos, foram ouvidas em todos os estados brasileiros. No segundo grupo, foram realizadas entrevistas em profundidade com representantes das três esferas de governo (federal, estadual e municipal) e do setor privado (frotistas, motofretistas e formadores de condutores).David D. Lima apresentou os resultados da pesquisa, que mostraram que os participantes têm uma visão negativa do trânsito em suas cidades. Avaliam que falta educação aos motoristas, além de uma fiscalização escassa, aspectos que se melhorados impactariam positivamente no cenário atual.Há uma sensação de insegurança. Apesar de a maioria não ter sofrido acidente com vítima, metade dos entrevistados possui alguém do círculo familiar próximo que já se envolveu em acidentes graves. Dois terços das pessoas acham que na maioria dos casos os acidentes de trânsito são crimes. Percepção bastante nova na sociedade, as pessoas começam a entender que o motorista que atropela pessoas na calçada por estar embriagado é criminoso, isso não é acidente, declarou David Lima.Das leis de trânsito, o desconhecimento é elevado, especialmente quanto ao limite de velocidade das rodovias. Além disso, a maioria dos pesquisados afirma respeitá-las, mas entendem que a maioria dos brasileiros não respeita. Uma contradição que reflete transferência de responsabilidade.Quanto à avaliação das instituições de trânsito percebeu-se um nível de satisfação moderado. Mas em relação à infraestrutura, há uma grande insatisfação, com destaque negativo para as calçadas.Sobre os itens de segurança, quase todas as pessoas sabem a funcionalidade do Airbag, sobre o ABS apenas metade das pessoas conhece a utilidade do equipamento. No entanto, entendem a importância de tê-los em seus veículos, visto que por R$ 1.500, optariam por um carro com os dois itens.Em consonância com as estatísticas, os motoristas brasileiros não respeitam os pedestres e ciclistas na opinião dos pesquisados (90%). Nove em cada dez entrevistados conhecem a Lei Seca e sabem o que ela determina. Entre os pesquisados, 76,5% acham que as leis de trânsito no Brasil são boas ou regulares.Fátima Lima, da Fundação Mapfre, esclareceu que a entidade mão emite opinião sobre os resultados, apenas disponibiliza os dados das pesquisas patrocinadas.
Fonte: CQCS