Festa da árvore de Natal da Lagoa reúne 400 mil
Cerca de 400 mil pessoas, segundo a PM, foram à Lagoa no sábado à noite para a festa de inauguração da 13 árvore de Natal da Bradesco Seguros e Previdência. Por causa da chuva, o evento precisou ser mudado.
A Orquestra Sinfônica Brasileira, por exemplo, que estava programada para se apresentar às 20h, não subiu ao palco montado no Parque do Cantagalo. O atraso despertou o mau humor do público, que chegou a vaiar as intervenções da apresentadora.
Por volta das 20h50m, a árvore foi iluminada e houve um show de fogos, antes das apresentações musicais.
A chuva não desanimou quem chegou cedo para garantir um bom lugar. Moradora da Praça Seca, em Jacarepaguá, a aposentada Fernanda Souza, de 75 anos, já estava no local às 15h, com a filha Virgínia Tomé, de 42.
– Estou até tomando uma caipirinha para esquentar – brincou Virgínia, que mora na Bahia e passa férias no Rio.
Ao lado estava o casal alemão Ursula e Uwe Schoenbrodt.
– A chuva não é problema.
Moro no Norte da Alemanha e lá chove todos os dias. Aqui, ao menos, é mais quente – disse Uwe, bem-humorado.
As enormes manchas de lama na calça branca não foram suficientes para acabar com a alegria de Ursula: – Estamos aproveitando o Rio, isto é mais importante.
Vinda do Méier, a família de Adílson Souza estava preparada para o espetáculo: cadeiras, barracas e guarda-chuvas a postos, ele, a mulher, os dois filhos, a cunhada e a sobrinha chegaram às 18h.
– É a atração do Rio de Janeiro nesta época do ano, mesmo para nós, moradores.
Acho que a decoração deste ano tem mais a ver com Natal, por causa dos anjos e dos sinos – observou Adílson.
O tema da árvore este ano é “Uma melodia de paz para a família brasileira”. A atração tem 85 metros de altura e 2,9 milhões de microlâmpadas.
Os shows ficaram a cargo de Elba Ramalho, João Bosco, Roberta Sá, Turíbio Santos e da soprano americana Carol McDavit.
Em cerca de uma hora de espetáculo, eles passearam por diversos estilos da música brasileira, interpretando canções como “O mar”, de Dorival Caymmi; “O bêbado e a equilibrista”, de João Bosco e Aldir Blanc; e “Asa branca”, de Luiz Gonzaga. A inédita “Árvore de Natal”, composta por Marcos e Paulo Sérgio Valle para o evento, juntou todos os artistas no palco. A noite acabou com a tradicional “Cidade maravilhosa”.
Apesar da quantidade de carros estacionados, não houve grandes congestionamentos na Zona Sul. A Polícia Militar destacou 400 homens para cuidar da segurança do evento e teve apoio da Guarda Municipal e da Coordenadoria de Controle Urbano da prefeitura.
A maior árvore flutuante do mundo fica ancorada a partir de hoje no centro da Lagoa, próximo à Curva do Calombo. No dia 26, ela será transferida para a área do Parque dos Patins, onde fica até o final de sua temporada, no dia 6 de janeiro.
Dia seguinte à inauguração também é movimentado
Houve quem deixasse para admirar a árvore de Natal ontem.
Foi o caso do pintor Waldeck Ribeiro, morador de Del Castilho. Ele aproveitou a manhã ensolarada para apresentar a atração ao sobrinho Felipe Pereira, de 17 anos. O jovem não conhecia a Lagoa Rodrigo de Freitas.
– Legal ver que existe um lugar desse, bonito para caramba no Rio – elogiou.
Já Isabela Marques, de 7 anos, viu a inauguração da árvore pela TV e pediu ao pai para conhecer o local.
– Ela pediu para vir ontem (anteontem) à noite, mas é muito perigoso em Coelho Neto, onde a gente mora. Melhor vir de dia, apesar de não ter a árvore iluminada – explicou o pai, Alcir Marques.
O movimento maior fez a alegria dos vendedores ambulantes e de quem aluga pedalinhos e bicicletas no local.
– O tempo bom e a árvore contribuem para aumentar o nosso movimento em 50% – contou Paulo Villas-Boas, proprietário de pedalinhos.
Quem usa a ciclovia para exercícios diários já prevê também problemas por causa do maior movimento.
– Vai ficar mais cheio na Curva do Calombo. Lá tem barraquinha de pipoca, panela de milho, e a Guarda Municipal, que não ajuda. Além disso, tem o pessoal que passa devagar para a ver a árvore. Eu não moro aqui, mas tenho pena de quem vive na Lagoa – disse o contador Alexandre Tadeu Rosa, morador de Botafogo.
Fonte: O Globo