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Fenaseg propõe a Lula seguro popular

As famílias beneficiadas pelo programa Bolsa Família (são 11 milhões) poderão contar também com um seguro popular de vida, se for implementada a proposta apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg), durante audiência no Palácio do Planalto, na semana passada.
A idéia é que, mediante um adicional de R$ 4 a R$ 6 cobrados por benefício, familiares recebam indenização de até R$ 10 mil, no caso do falecimento do titular do Bolsa Família. Parte dos recursos seria usada para as despesas com o enterro até o teto de R$ 1,5 mil (auxílio funeral) e o restante ficaria com em mãos dos beneficiários do falecido.
Segundo o presidente da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg), João Elisio Ferraz de Campos, o presidente Lula achou a idéia ótima e determinou que a proposta seja discutida com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Tanto que, em reunião de diretoria a ser realizada hoje na Fenaseg, serão escolhidos os membros do grupo de trabalho encarregado de desenvolver o projeto. A exemplo de outros seguros com viés social, como o DPVAT (indeniza vítimas de acidentes de trânsito ou seus familiares), o seguro do Bolsa Família deve ser operado por meio de um consórcio de seguradoras. Isso porque não há certeza de que a apólice popular do Bolsa Família dê resultado positivo e, nesse caso, as perdas (ou ganhos) seriam divididas por todo o mercado.
Para ele, o mais importante é que a inclusão do seguro no Bolsa Família melhora a imagem institucional do setor e colabora efetivamente como mais um mecanismo de proteção social. “Os beneficiários do Bolsa Família não têm dinheiro para custear despesas extraordinárias, como o falecimento do chefe da família, e a implantação do seguro de baixo custo é uma alternativa eficaz nesse sentido” destacou.
Segundo ele, a oferta do seguro terá um custo adicional de pelo menos R$ 300 milhões por ano, arcados integralmente pelo governo. Na audiência, além da proposta do seguro popular, as seguradoras pediram ao governo a criação de uma agência reguladora para o setor.

Fonte: CQCS

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