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Fenaprevi: brasileiro não planeja futuro

O brasileiro não faz um planejamento financeiro adequado, que contemple aportes periódicos em investimentos visando poupar para o futuro. A conclusão é da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), a partir de uma pesquisa encomendada para o Datafolha. O levantamento, realizado com 2.008 pessoas de todas as classes econômicas e com 18 anos ou mais de idade, mostra que, para 70% dos brasileiros adultos, a principal forma de planejamento financeiro é trabalhar e poupar. “O que é superficial”, afirma Edson Franco, presidente da Fenaprevi. Ou seja, falta, justamente, planejamento. Onde e quando aplicar, com quais objetivos etc.

Quatro em cada dez entrevistados (42%), por exemplo, contam com a Previdência Social para a aposentadoria. Porém, a maioria (66%) não sabe quanto irá receber mensalmente pelo Instituto Nacional do Seguro Social.

O levantamento, feito de 10 a 20 de julho de 2023, tem margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e teve abordagem controlada por meio de cotas de sexo e idade.

Questionados sobre os desafios e obstáculos para se planejarem, um terço justificou não guardar dinheiro por não conseguir reduzir despesas ou não ser capaz de gerar renda extra.

Um a cada três disseram “sempre aparecer uma despesa não prevista”. “Muitos não têm como pensar no futuro porque vivem uma situação de dificuldade financeira para assegurar o presente, as necessidades concretas do dia a dia”, diz Franco. “O cenário também está associado à nossa baixa capacidade de gerar poupança doméstica, resultante da falta de planejamento e educação financeira”, analisa.

Ainda segundo a pesquisa, a covid-19 afetou a saúde financeira de 41% da população. Entre as maiores preocupações apontadas em relação à crise sanitária estão a de não ter como arcar com despesas médicas (24%) e o temor de desamparar a família em caso de falecimento (17%). Em contrapartida, 38% disseram que as principais formas de diminuir os efeitos dessa situação são poupar e investir. “Deste total, no entanto, 28% disseram que passaram a guardar dinheiro depois da pandemia. Em 2021 – quando da primeira edição deste levantamento-, o percentual era de 23%. Então não sei se [a pandemia] impactou tanto [assim]”, pondera Franco.

Por outro lado, o executivo afirma que começou a perceber um aumento de capacidade de poupança na segunda metade de 2023 devido a retomada do emprego e do nível de renda.

Para Franco, esses indicadores devem melhorar no ano que vem. “E assim as famílias poderão buscar mais proteção à renda com planejamento mais adequado”, diz.

Um ponto da pesquisa chamou a atenção da indústria e deve servir de subsídio para campanhas estratégias. Quando o entrevistador explicava os seguros disponíveis no mercado, mais de 80% se mostravam interessados em algum produto. “Percebemos que existe desconhecimento alto. Em posse desta informação, lançamos a campanha ‘Seguro para todos’, que devemos retomar neste final de ano. O que mostra grande oportunidade para os mais de 100 mil corretores, que podem achar formas de agregar valor aos clientes e diversificar o portfólio de produtos”, afirma o presidente da Fenaprevi.  

Fonte: NULL

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