Fenacor diz que tecnologia não substitui corretor de seguros
A abertura do 20º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros lotou o auditório do Centro de Convenções de Goiânia (GO) reuniu mais de duas mil pessoa e contou com as participações do governador de Goiás, Marconi Perillo; dos ministros Diogo de Oliveira (Planejamento) e Ronaldo Nogueira (Trabalho); do superintendente da Susep, Joaquim Mendanha; do deputado Lucas Vergilio (SD-GO); e dos presidentes da Fenacor, Armando Vergilio, da CNSeg, Márcio Coriolano, da Escola Nacional de Seguros, Robert Bittar, e do Sincor-GO, Henderson de Paula Rodrigues.
Logo no início do evento, bastante aplaudido, o presidente da Fenacor disse que a tecnologia não pode substituir o conhecimento e a qualidade do serviço prestado pelos corretores de seguros. O corretor de seguros não é, e não pode ser, jamais, um simples intermediário. Ele é muito mais do que isso. É um assessor, um advisor qualificado, cuja função é agregar valores e benefícios. A nossa missão é proteger o segurado e também a seguradora, na seleção de riscos e mitigação de conflitos, evitando a judicialização e as fraudes, declarou Armando Vergilio.
Vergilio aproveitou a ocasião para conclamar os presentes a serem mais ousados e criativos na criação de produtos e serviços. Faltam soluções arrojadas. Há uma crise de criatividade, afirmou.
Ele disse ainda que é preciso mais união e respeito nas relações de mercado. O corretor de seguros deve adotar como mantra: de hoje em diante, eu só vou gostar de quem gosta de mim, conclamou.
No mesmo tom, os presidentes da Escola Nacional de Seguros e do Sincor-GO acentuaram os desafios que o mercado terá pela frente para manter a tendência de crescimento acima da média dos demais segmentos econômico. O mercado gera o equivalente a 6% do PIB brasileiro. Mas, nos demais países emergentes, o crescimento desse setor é mais acentuado. E nos países desenvolvidos a fatia no PIB já está na faixa dos dois dígitos, comparou Henderson Rodrigues.
Já Robert Bittar disse que a Escola vai continuar contribuindo para a evolução do setor, através da qualificação e da formação de mão de obra. Segundo ele, a novidade é a oferta de cursos a distância de pós graduação, uma revolução, que permitirá o acesso à qualificação profissional de qualquer ponto do país.
Otimista também foi o cenário expostos pelo presidente da CNSeg. Para Márcio Coriolano, o setor está mais maduro e forte, como ativos da ordem de R$ 1 trilhão e a devolução para a sociedade de alto em torno de R$ 460 bilhões em benefícios, indenizações e conforto. Mas, queremos estar no centro das políticas públicas de desenvolvimento, pois seguro rima com progresso, reivindicou.
Por sua vez, o superintendente da Susep revelou que a autarquia concluirá, até o início de novembro, o texto final das novas regras para o seguro auto popular, que, segundo ele, será uma ferramenta importante de combate ao mercado marginal, integrado por associações e cooperativas que comercializam a proteção veicular. Além disso, vamos instalar na próxima semana um grupo de trabalho que vai discutir o que se pode fazer a respeito, frisou Joaquim Mendanha.
O ministro Diogo de Oliveira assegurou que o governo dará apoio total à aprovação do Projeto de Lei 3139/15, que criminaliza a atuação irregular de associações, cooperativas. Não vamos tergiversar com a ilegalidade. Esse produto ilegal vem competindo irregularmente com o mercado de seguros tradicional, assinalou Oliveira.
Autor desse projeto, o deputado Lucas Vergilio convocou a plateia para a audiência pública que será realizada no próximo dia 24 de outubro, no plenário da Câmara, pela comissão especial criada para analisar a proposta. Aguardo todos vocês lá no plenário. É muito importante, comentou.
O ministro do Trabalho também enfatizou o papel de destaque que cabe ao mercado de seguros no cenário econômico nacional. Ele comemorou o fato de o país vir gerando novos empregos há sete meses consecutivos, consolidando nova tendência após um período de forte desemprego. Este é o país das oportunidades e o mercado de seguros vai continuar crescendo com esse cenário de recuperação na economia e no emprego, salientou Ronaldo Nogueira que felicitou a plateia pelo transcurso do Dia do Corretor de Seguros.
Por fim, o governador de Goiás destacou a importância do mercado de seguros e lembrou que participou da abertura de outro Congresso dos Corretores, no mesmo local, há exatos 20 anos.
Marconi Perillo pontuou ainda que esse segmento vem crescendo significativamente desde então. Para o governador, há, contudo, mudanças importantes que precisam ser implementadas o quanto antes, como a da Previdência Social. A conta não fecha. O País não terá mais como pagar em alguns anos, advertiu.
Fonte: Fenacor