Feliciano é mantido em Direito Humanos
Mesmo com pressões populares, organizada principalmente por meio das redes sociais, o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC) continua no cargo de presidência da Comissão dos Direitos Humanos. A afirmação é do vice-presidente nacional do partido, Everaldo Pereira, que disse que decisão saiu após conversa com a executiva da legenda e bancada do PSC na Câmara.
Informamos aos senhores e senhoras que o PSC não abre mão da indicação feita pelo partido, afirmou o pastor Pereira. Feliciano é um deputado ficha limpa, tendo então todas as prerrogativas de estar na Comissão de Direitos Humanos e Minorias, completou.
Em reunião fechada na Câmara, pela manhã, líderes de partido bateram boca sobre a situação de Feliciano. No início da tarde de hoje, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, (PMDB) havia prometido que até as 17h, uma solução sobre manter ou não Marco Feliciano no cargo seria tomada.
O deputado foi eleito no início de março por acordo entre partidos, e logo que assumiu, gerou polêmica. Afirmações consideradas racista e homofóbica escritas por ele em redes sociais foram lembradas por internautas. Diversas manifestações contra o pastor foram realizadas, entre elas, o beijaço, na avenida Paulista, no sábado passado.
O partido afirmou que os protestos contra Feliciano são naturais, mas devem ser respeitosos. Destacou o fato de o deputado pastor ter sido eleito por seus pares. Democracia é voto. Democracia não é grito, nem ditadura, disse Everaldo Pereira. O PSC disse ainda que não fará ameaças, mas que pode convocar também militantes.
Feliciano entrou e saiu da reunião sem dar entrevistas. Na chegada, questionado se era o dia do fico respondeu apenas: é só olhar para o meu rosto. Na saída, mesmo com o respaldo do partido, saiu escoltado por seguranças e por pastores que se manifestaram de forma favorável a ele. Uma faixa trazida pelos pastores dizia: E se Jesus renunciasse? O que seria do mundo?
A decisão do PSC pode criar um problema para o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves. Na semana passada, ele definiu como insustentável a situação de Feliciano e prometeu uma solução até esta terça-feira.
Fonte: DIARIO DO GRANDE ABC
