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Feira oferece franquias com investimento de R$ 10 mil a R$ 2 milhões

Quem sonha em abrir o próprio negócio pode encontrar em uma feira de franquias no Rio de Janeiro opções que cabem em diferentes tamanhos de bolso. O investimento inicial vai de R$ 10.900 mil a R$ 2,2 milhões, entre as 280 marcas presentes na nona edição da Expo Franchising ABF Rio, que acontece até sábado (03), no Riocentro, Zona Oeste.
A expectativa é que 28 mil visitantes passem pelo local nos três dias, e que a feira movimente R$ 200 milhões em negócios, que vão desde de prestação de serviços de limpeza de piscinas, a boutiques tecnológicas, serviços estéticos, até pequenas e grandes redes alimentícias.
Na contramão da crise econômica que o país atravessa, o setor de franquias cresceu 11,2% no primeiro semestre de 2015, em relação ao mesmo período em 2014, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF). A entidade informou que isso corresponde a uma receita de R$ 63,885 bilhões, contra R$ 57,464 bilhões no ano passado.
“A franchising é uma indústria que é composta de dois empresários, o franqueado e o franqueador. Essa relação o tempo inteiro é parametrizada por indicadores de desempenho. Isso faz com que estejamos preparados para todos os momentos econômicos”, explica Cristina Franco, presidente da ABF nacional, sobre a resiliência do setor neste momento.
Sua expectativa para o segundo semestre do ano, no entanto, é que o setor tenha um desempenho positivo, mas um pouco inferior ao observado nos primeiros seis meses de 2015. A presidente espera que o ramo de franchising feche o ano com um crescimento entre 7% a 9%.
“Acredito que o segundo semestre tenha um decréscimo em termos de crescimento. Porque a gente acompanhada a situação econômica, não é uma ilha isolada o franchising e suas operações. Só que a gente fecha ano em momento muito importante no cenário do varejo nacional, que é o natal”, analisou.
Em busca de mais tempo para sua família, que promete crescer em breve, a oficial da Marinha Mercante, Patrícia do Rosário, de 33 anos, foi à feira em busca de uma possibilidade de negócio. Ela, que pensava em abrir uma franquia do ramo de estética, saiu também com interesse no mercado de alimentos.
“Eu sou de mar, fico dois meses no mar, e quero ter um filho. Então, estou pensando em abrir um negócio para ficar mais tempo aqui, e vim para ter uma ideia. Me interessei pelo setor de beleza, sobrancelhas, e alimentos. Acho que até R$ 150 mil dá para investir”, contou ela, animada em realizar o sonho no começo de 2016. Patrícia estuda abrir uma loja na Tijuca, na Zona Norte, onde é perto de casa, ou em Copacabana, na Zona Sul, pelo intenso movimento do bairro.
Segundo a ABF, o setor de “Esporte, Saúde, Beleza e Lazer” teve expansão nominal de 24% no primeiro semestre do ano, passando de R$ 9,311 bilhões, em 2014, para R$ 11,505 bilhões.
A amiga de Patrícia, a baiana Sirlene Coutinho, de 30 anos, também deseja abrir uma franquia, mas no ramo de bijuterias e semi joias. Ela está no Brasil há dois meses, após uma temporada de dez anos na Bélgica, e vê na abertura de um negócio uma possibilidade de trabalho. “Quero me ocupar. Vim ver se há coisas interessantes”, contou.
Já o empresário Reinaldo Quinan, de 59 anos, veio de Goiás para buscar um negócio para ele, no estado da região Centro-Oeste, e outro para o filho, no Rio de Janeiro. Ele contou que, apesar de experiência de 30 anos como empresário, está há 3 meses pesquisando.
“E ainda não me decidi. Mas minha prioridade é o setor de alimentos e de serviços. Alimentos porque acho que as pessoas não vão deixar de comer mesmo em tempos de crise. E serviços porque não tem tanto custo com material, como alimentos”. Ele acredita que seria razoável investir algo em torno de R$ 250 mil, e crê que a franquia é investimento mais seguro, porque “já há uma rede por trás”.
Riscos e dicas
Para Cristina Franco, a franchising é uma possibilidade de ter um negócio estruturado, capaz de construir a própria renda, e ainda um plano B para a carreira, “porque o fantasma do desemprego sempre permeia esses momentos do dia a dia”.
Contudo, ela alerta, “recomendamos preparo e estudo. E que faça tendo um capital para investir, e um capital para esse momento em que talvez os indicadores de crescimento não sejam tão altos”.
Apesar de ressaltar as vantagens que a franchising oferta, como ser composta por marcas consagradas, com público algo definido, o presidente da ABF no Rio de Janeiro, Beto Filho, alertou que “todos os negócios têm risco, inclusive na franchising”.
Ele explicou, entretanto que, para sobreviver a momentos de crise, o mercado de franchising “começou a se adaptar, a criar modelos de negócios em lojas menores, tomando medidas que vão neutralizar os efeitos que normalmente a crise causa”.
O sucesso do setor, segundo o presidente, está ligado à baixa taxa de mortalidade desse tipo de negócio, cerca de 4%, enquanto em outros micros, pequenos e médios negócios, a taxa é de 30%.
Rio e região Sudeste
Somente o estado do Rio de Janeiro, de acordo com a associação, ultrapassou o faturamento de R$ 7,5 bilhões no setor. A região Sudeste correspondeu a 59% do total da receita da indústria de franchising no primeiro semestre de 2015, seguida da região Sul, que respondeu por 16%, Nordeste, 14%, Centro-Oeste, 8%, e Norte, 4%.
Atualmente, o Rio de Janeiro possui cerca de 400 marcas originárias do estado dentre as 556 marcas nacionais e internacionais que operam mais de 15 mil unidades, segundo a ABF.

Fonte: G1

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