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Facebook paga multa de US$ 5 bilhões por violação de privacidade

O Facebook vai pagar uma multa recorde de US$ 5 bilhões para encerrar a investigação do governo americano sobre suas práticas de privacidade, informou nesta quarta-feira (24) a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês).

A FTC votou por 3 votos a 2 para adotar o acordo, que agora vai precisar da aprovação de um tribunal. Para membros do partido Democrata, o acordo não foi suficiente.

“Apesar das repetidas promessas feitas a bilhões de usuários em todo o mundo de que eles poderiam controlar como as informações pessoais são compartilhadas, o Facebook ignorou as escolhas dos consumidores”, disse Joe Simons, presidente da FTC, em um comunicado.

Mas o comissário democrata da FTC, Rohit Chopra, disse que a pena fornece “imunidade total” aos executivos do Facebook “e não há restrições reais ao modelo de negócios do Facebook” e “não conserta os principais problemas que levaram a essas violações”.

Sob o acordo, o conselho do Facebook criará um comitê de privacidade independente que removerá “o controle irrestrito do presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, sobre as decisões que afetam a privacidade do usuário”.

O Facebook também concordou em exercer maior supervisão sobre aplicativos de terceiros.

US$ 100 milhões

Além da quantia bilionária, o Facebook anunciou também nesta quarta-feira que pagou US$ 100 milhões para encerrar uma investigação que estava sendo realizada pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em Inglês).

A SEC alegava que a empresa deveria ter melhores processos para garantir uma comunicação apropriada a investidores da plataforma em casos de abusos como o da Cambridge Analytica.

“Compartilhamos o interesse da SEC de garantir que sejamos transparentes com nossos investidores sobre o risco material que incorremos, e já atualizamos nossa comunicação e nossos controles nessa área”, disse Stretch.

Escândalos em série

O FTC procurava saber se o Facebook violou um acordo feito com a agência federal em 2012, em que a empresa se comprometeu a cuidar melhor da privacidade dos usuários.

A investigação começou há 1 ano, após o escândalo da Cambridge Analytica, em que o Facebook foi acusado de repassar dados de dezenas de milhões de usuários da rede social à consultoria que atuou na campanha de Donald Trump em 2016.

Desde o escândalo da Cambridge Analytica, outros problemas envolvendo a rede social no aspecto da privacidade vieram à tona. Outras empresas também tiveram dor de cabeça com esse assunto.

Fonte: NULL

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