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Ex-sócios do Pactual vão criar seguradora

Nova empresa, liderada por Gilberto Sayão, vai se dedicar principalmente à cobertura de riscos de grandes obras de infraestrutura.Um grupo de 20 ex-sócios do Banco Pactual resolveu apostar no mercado de seguros. Liderados por Gilberto Sayão, que após a saída do banco, no ano passado, criou a empresa de investimentos Vinci Partners, os executivos acertam os detalhes finais para a criação de uma seguradora que atuará com apólices empresariais e de grandes obras de infraestrutura.Só os segmentos de grandes riscos e garantias de obras e projetos devem movimentar cerca de R$ 9 bilhões em prêmios no Brasil até 2016.A nova seguradora deve se chamar Vitrus e começou a ser criada do zero e em sigilo num escritório em São Paulo, conforme apurou a Agência Estado. Estima-se que, para atuar na cobertura nacional de grandes riscos, uma empresa necessite de, no mínimo, R$ 40 milhões em capital, mas dinheiro deve não deve ser problema para a nova seguradora. A empresa de investimentos de Gilberto Sayão e seus sócios nasceu há menos de um ano com nada menos que R$ 5 bilhões de ativos em administração.Segredo. A estratégia da seguradora é mantida em segredo e ninguém envolvido na operação comenta o assunto. Sayão é avesso a fotos e entrevistas. Segundo duas fontes próximas, os ex-sócios do Pactual ficaram animados com as perspectivas para o mercado de seguros e seu potencial de crescimento, em meio a obras para o pré-sal, Copa do Mundo, Olimpíada, trem-bala e concessões rodoviárias.Para tocar a Vitrus, foi contratado Carlos Frederico Ferreira, que era diretor da Fator Seguradora, empresa criada há dois anos pelo Banco Fator para a área de crédito e garantias.Sayão era sócio de André Esteves no Pactual, e a sociedade foi desfeita em meados do ano passado, em meio ao fim do acordo societário do banco brasileiro com o suíço UBS. Os dois sócios estabeleceram uma regra de não competição. Assim, Sayão não poderá criar um banco ou uma corretora. O resto está liberado. É aí que entra a estratégia da seguradora. Gestão de recursos, fundos de participação e assessoria a fusões e aquisições estão entre as outras áreas que a Vinci quer se focar.A Vinci tem cerca de 20 sócios. Além de Sayão, há outros executivos conhecidos da época do Pactual, como Rodrigo Xavier, que chegou a ser presidente e CEO do UBS Pactual no Brasil, e Alessandro Horta, que foi diretor da gestora de recursos do banco.Competidores A criação da Vitrus ocorre em um momento de aquecimento no mercado de seguros de grandes riscos. Em março, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) aprovou o início das operações do grupo canadense FairFax no Brasil. Tocado por Jacques Bergmann, ex-diretor da Itaú Seguros, o objetivo da empresa é atuar em segmentos como aeronáutico, seguros marítimos, transporte, energia e petróleo. O grupo também trouxe ao País sua resseguradora, a Odyssey Re, com sede nos EUA. A FairFax nasce com capital de R$ 44,3 milhões.Para lembrarVinci é uma dissidência do BTG PactualEm setembro passado – quando o banqueiro André Esteves lançou o BTG Pactual -, um grupo de 25 ex-sócios do Pactual, liderado por Gilberto Sayão, deixou a instituição com uma bolada de US$ 700 milhões. No mês seguinte, Sayão começou a criar o que viria a ser a Vinci Partners. O banqueiro, um dos principais sócios do Pactual, dividia com Esteves as ações com direito a voto meio a meio. Sayão não criou a Vinci sozinho. Levou consigo vários de seus sócios no Pactual. Com patrimônio sob administração de R$ 5 bilhões, a empresa não pode atuar como banco nem corretora até 2011, quando vence o acordo que limita a competição com o BTG Pactual.

Fonte: CQCS

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