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Estudante comprova que muco da lesma faz bem para a pele

Interessado pela biodiversidade amazônica, o estudante Wescley Miguel da Silva, de 17 anos, se lembra da primeira vez que soube dos poderes do muco da lesma (Limax cinerens). “Eu li uma reportagem que falava sobre o uso medicinal e nutricional de moluscos, por meio da aplicação de conhecimentos regionais”, conta.
Curioso, o jovem foi conversar com sua avó, que contou que senhoras do interior de Mosqueiro, distrito de Belém, usavam a “baba” da lesma para tratar rachaduras no calcanhar. 
Wescley decidiu apostar na ideia e se inscreveu no Prêmio José Marcio Ayres Para Jovens Naturalistas, do Museu Emílio Goeldi. Orientado pela professora Patrícia Carla França, o aluno desenvolveu o projeto e foi a campo pesquisar. 
Durante dois meses, três senhoras com idades entre 50 e 70 anos usaram o muco da lesma na pele do rosto e do calcanhar, duas vezes ao dia. O resultado observado por Wescley foi uma melhora em termos de lisura, hidratação e elasticidade da pele. “Nossa teoria é que o muco contem colágeno, fundamental para evitar a incidência de rugas, e elastina, que ajuda no tratamento de rachaduras nos pés”, explica o aluno. De acordo com o método usado nas comunidades tradicionais, a substância deve ser retirada da lesma em situações de estresse, pois o líquido que ela expele naturalmente tem propriedades diferentes e apenas facilita sua locomoção. Para “estressar” a lesma, as mulheres apertavam o molusco até sair o muco. A pesquisa de Wescley ficou em segundo lugar no concurso do Museu Emílio Goeldi. A jornalista Joice Santos, coordenadora do Prêmio Márcio Ayres, conta que os projetos são julgados tendo em vista critérios como originalidade, interesse pelo assunto e desenvolvimento do tema.

Fonte: O Globo

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