Estrangeiros ficaram com 87,5% das ações da Brascan
São Paulo, 16 de Novembro de 2006 – Os investidores estrangeiros ficaram com 87,5% da oferta pública de ações da Brascan Residential Properties, braço do Grupo Brascan no setor imobiliário. Os fundos de investimentos nacionais ficaram com apenas 3,6%. Foram vendidos 74,25 milhões de papéis ON, correspondentes a 40,1% do capital da companhia, e que totalizou R$ 1,188 bilhão. Desse total, R$ 940 milhões correspondem à emissão de ações novas e vão para o caixa da empresa, que deve utilizar os recursos para amortização de dívidas (R$ 459 milhões), adquirir terrenos e financiar clientes. O total inclui a subscrição de dois lotes adicionais, um equivalente a 15% da oferta inicial, cedida ao Credit Suisse, coordenador da operação, e outro de 20%, destinado a atender ao excesso de demanda do mercado.
Desde a chegada no Novo Mercado da Bolsa, em 24 de outubro, a ação da Brascan registra valorização de 18,2%, ante ganho de 5,1% do Ibovespa. A empresa é a sétima do ramo imobiliário a lançar ações na Bolsa. Já estão listadas Cyrela, Gafisa, Rossi Residencial, Company, Abyara e Klabin Segall. Além disso, Tecnisa, Rodobens, Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário, LPS e PDG Realty aguardam aprovação de pedido de registro por parte da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Operação Terna
Os estrangeiros também ficaram com 64,9% da oferta pública primária e secundária de ações da empresa elétrica Terna, de R$ 626,7 milhões. Os fundos de investimentos nacionais ficaram com outros 20%. Foram distribuídas 29,8 milhões de units, cada uma representando uma ação ordinária e duas preferenciais. O número inclui a emissão de um lote suplementar equivalente a 20% da oferta inicial, tranche exercida pela própria companhia e por sua controladora italiana. Além disso, houve a subscrição de outro lote adicional de 15% por parte do banco UBS, coordenador da operação, em parceria com o Itaú BBA. Desde a estréia no nível 2 da Bovespa em 27 de outubro, a unit da Terna acumula valorização de 10%, ante ganho de 4% do Ibovespa.
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados – Pág. 3)(Aluísio Alves)
Fonte: Gazeta Mercantil