Especialistas discutem oportunidades com a segmentação
A segmentação pode ser utilizada pelas empresas tanto como ferramenta de marketing quanto como estratégia para quem deseja ser mais competitivo em um mercado marcado pela concentração. Esse foi um dos pontos discutidos durante o segundo dia do III Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência Privada, que terminou nesta última quinta-feira, em São Paulo.
Rodolfo Wehrhahn, da Transamérica, um dos participantes do workshop Segmentação Visão do Segurador e do Ressegurador, mostrou a experiência internacional nesta área. O executivo mostrou algumas empresas que optaram pela segmentação e que hoje são cases de sucesso como a USSA, que atende ao mercado militar; o TIAA-Cref, voltada para o mercado de professores; ou ainda o da A L Willians que se especializou na comercialização de produtos de vida de prazo fixo, Para nós segmentação é foco no cliente. Com isso você pode promover o expertise em produtos, na parte operacional e também no gerenciamento de risco.
O executivo também falou sobre produtos de sucesso, como o seguro criado para torcedores do Manchester United, da Inglaterra, e também os produtos de doenças graves direcionados ao público feminino, que também já chegou ao Brasil. Você deve conhecer bem seu cliente, a partir do foco dele. Isso é o principal, acredita.
Outro especialista a participar do Painel foi Luiz Fernando Butori Reis Santos, da Unibanco AIG Seguros e Previdência. Para ele, a atualização é fator fundamental para entender e avaliar quais as reais necessidades do cliente, sendo essa é uma das bases para o sucesso da segmentação. Luiz Fernando ressaltou ainda que a segmentação deve fazer parte de todo o processo, não apenas do momento da venda. Tem que atingir todas as áreas da companhia, inclusive o atendimento e sinistro, disse, completando é a segmentação que vai gerar as oportunidades, concluiu.
Carlos Caputo, da XL Latin American, também um dos palestrantes, acredita que o mercado de vida, cuja expansão começou mesmo a partir da estabilidade da moeda, ainda tem muita capacidade para crescer. Ele chamou a atenção para as oportunidades existentes no mercado de seguros voltados para classes de menor renda – os chamados populares -, que na sua opinião devem ser mais exploradas pelo setor. Caputo disse ainda que a abertura do mercado de resseguro poderá trazer idéias e experiências internacionais para o mercado brasileiro, mas que novos produtos devem ser desenvolvidos a partir da cultura e das necessidades locais.
Nilton Molina, da Fenaseg, coordenador da Mesa, acredita que as pequenas empresas generalistas têm pouco espaço no mercado, e que uma alternativa para elas é investir na segmentação. O especialista também acredita que, a abertura do resseguro, e a entrada de outras resseguradoras vão trazer novas oportunidades para o setor. Acredito que a abertura do resseguro vai oferecer capacidade financeira e tecnologia para a criação de novos produtos, finalizou.
Fonte: Fenaseg
