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Especialista destaca pré-requisitos da negociação do contrato de resseguro

Começar a renegociar um contrato de resseguro com bastante antecedência é uma atitude que pode trazer benefícios tanto para o segurado como para o corretor. O alerta foi dado pela especialista Maria Elena Bidino, diretora da CNSeg, durante a palestra “O Novo Cenário do Resseguro no Brasil”, realizada no 13º Congresso dos Corretores de Seguros (Conec), organizado pelo Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo (Sincor-SP), na semana passada.
Boa parte da palestra da executiva foi usada para ressaltar a necessidade de qualificação técnica dos profissionais neste segmento, que por quase 70 anos foi monopólio do IRB Brasil Re. “No mercado aberto, quanto mais informações o corretor oferecer à seguradora, maior será a chance de a negociação com os resseguradores resultar em melhora de preços e de coberturas”, diz Maria Elena.
A executiva explicou detalhes técnicos da operação de resseguro e da abertura deste setor no Brasil, ocorrida em abril deste ano. Disse também que ainda faltam alguns detalhes no aspecto regulatório, mas nada impede que as empresas realizem contratos. “É um cenário normal de um setor que acaba de ser aberto. Pequenos ajustes precisam ser feitos na parte legal. Já na parte técnica, é preciso treinar pessoas, pois em razão do monopólio pouco se investiu em treinamento nos últimos anos”, diz.
Cláudio Saba, diretor de resseguro da Marítima, concorda com Maria Elena. Para ele, as seguradoras e corretores precisam investir em treinamento para identificar as oportunidades existentes no mercado de resseguro. “Há muitos competidores e cada um deles tem um tipo de produto, preços e coberturas diferenciadas. Seguradoras e corretores precisam estar tecnicamente preparados para melhor identificar os produtos que se encaixam nas necessidades de seus clientes”, diz.
Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), o Brasil tem 26 resseguradores autorizados a operar, sendo três resseguradores locais (IRB Brasil Re, Munich Re e J.Malucelli), nove admitidos e 13 eventuais. Entre os corretores de resseguros, 26 já receberam autorização da Susep para atuarem no Brasil. Eles disputam um mercado de seguros de ramos elementares e responsabilidades com prêmios de R$ 28 bilhões (sem saúde, vida e previdência), que em 2007 gerou pouco mais de R$ 3 bilhões em prêmios cedidos em resseguro. A expectativa é de que este valor aumente nos próximos anos com o lançamento de novos produtos e coberturas.

Fonte: Fenaseg

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