Equidade no esporte
Um mundo com oportunidades iguais, tratamento e ganhos da mesma ordem em todas as áreas de atuação. Sonho, meta e base da evolução dos direitos femininos conquistados e (ainda) a serem conquistados pelas mulheres, está virando realidade para as atletas brasileiras, na disputa olímpica.
Dentre os avanços a serem comemorados neste 08 de março está a decisão do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) de designar os mesmos valores de premiação para as equipes e os atletas individuais masculinos e femininos que ganharem medalha nos jogos de Paris. Os atletas individuais receberão R$350 mil pela medalha de ouro, R$210 mil pela de prata e R$140,00 pela de bronze. Modalidades disputadas em grupo (até 06 atletas) receberão R$700mil, R$420 mil e R$280 mil, respectivamente e no caso da categoria de jogadores de modalidades coletivas como o futebol e o vôlei, (a partir de sete atletas), os valores serão de R$1,05 milhão aos campeões, R$630mil para os segundo colocados e R$420 mil para o terceiro lugar no pódio.
A delegação brasileira para a Olimpíada de 2024 contará com um grupo de atletas femininas com grande chance de superar a performance de Tóquio, em que as meninas subiram 9 vezes ao pódio e contribuíram, de forma definitiva, para o Brasil alcançar a 12ª posição entre 206 países.
As atletas brasileiras têm se destacado por sua presença pioneira. MARIA LENCK nadadora paulista, aos 17 anos foi a única atleta feminina que integrou a delegação nacional nos Jogos de Los Angeles em 1932 e a primeira atleta sul-americana a participar de uma edição olímpica.
Recentemente, em Tóquio, a ginasta REBECA ANDRADE, foi primeira atleta brasileira a conquistar duas medalhas na mesma olimpíada, prata no individual geral e ouro no salto, e ainda a primeira latino-americana medalhista e campeã olímpica. Por sua vez nos mesmos jogos, a nadadora baiana ANA MARCELA CUNHA, sete vezes eleita melhor do mundo conquistou a medalha de ouro nos 10Km da maratona aquática e junto com a jovem skatista RAYSSA LEAL formam um trio que a alimenta a expectativa de muitas subidas ao pódio olímpico.
Não dá para deixar de citar ANA PATRICIA e DUDA que formam a dupla de vôlei número um do mundo, a judoca MAYRA AGUIAR, a boxeadora BEATRIZ FERREIRA, todas fortes candidatas às medalhas que o COB acredita, virão cada vez mais numerosas.
Resta um desejo que, quem sabe, poderá virar realidade? O de os valores pagos às atletas pelas campanhas publicitárias também venham a se equiparar aos pagos aos atletas masculinos. E por fim, que mais e mais meninas sejam incentivadas a participar do mundo esportivo.
Fonte: O Estado de S. Paulo