Entrada do Brasil na OCDE deve ser compromisso de Estado
A entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve ser um compromisso de Estado, e não de governo, na avaliação da chefe da divisão de investimentos da entidade, Ana Novik. O país que quer entrar na OCDE quer ter boas reformas, políticas em diferentes áreas, independentemente do governo. Com mudança ou continuação, disse ela quando questionada sobre o futuro do trâmite tendo uma eleição presidencial no último trimestre do ano.
A representante da OCDE, que é chilena, disse que ocorreu exatamente isso em seu país enquanto estava no processo de acessão. Houve uma mudança de governo de direita para a esquerda, e isso é algo bom porque, independente do governo que haverá depois nas próximas eleições, tem que ter em mente que esta é uma boa política para o Brasil, argumentou.
Ana salientou, porém, que o processo de entrada do Brasil se dá em meio a um momento muito difícil do globo, com um conflito geopolítico logo depois da pandemia de coronavírus. A inflação está crescendo por causa dos preços de energia em países menos desenvolvidos. O Brasil vem se recuperando em 2020 e 2021, e a OCDE também espera um baixo crescimento em 2023. E essa diminuição da economia é conectada com toda essa situação, citou, mencionando que algumas das reformas previstas para o País sofreram atrasos.
De qualquer forma, para a representante da OCDE, o anúncio do início do acesso na semana passada a entidade aprovou o roadmap do Brasil sinaliza uma forte política para os investidores do Brasil. Isso mostra que o Brasil quer se tornar da comunidade e que quer participar das melhores práticas, disse.
Ela enfatizou que a América Latina precisa atrair mais investimentos, mas também mostrar os benefícios e o impacto na sociedade nessa acessão.
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