Empresas que identificam as mudanças no setor econômico terão oportunidades em 2017
Estudos revelam que os brasileiros continuam preocupados com futuro. Esse sentimento está relacionado, na maioria das vezes com a situação financeira e ao emprego dos cidadãos. Existem oportunidades para as empresas, mas vale atentar para pontos típicos de processos de desalavancagem. Companhias que apresentarem essa visão estarão mais preparadas para aproveitarem as oportunidades ao longo do ano de 2017. Essas informações estão presentes na análise semanal da MAPFRE Investimentos para o período.
Desalavancagem e oportunidade Pesquisas confirmam que há uma deterioração da confiança dos brasileiros neste início de ano. A Sondagem de Serviços, da Fundação Getúlio Vargas, divulgada na semana passada, confirma esse diagnóstico. De uma forma geral, as pesquisas de confiança indicam que a preocupação em relação ao futuro continua sendo predominante entre os brasileiros. O sentimento segue sendo de preocupação, inclusive em relação à própria situação financeira e ao próprio emprego.
Vale ressaltar que o brasileiro vem alterando seus hábitos de consumo em razão da deterioração. Face à piora da situação financeira e do risco de perda de emprego, o padrão de consumo do brasileiro vem se modificando com vistas à redução de despesas do orçamento familiar. Ao mesmo tempo, o consumidor busca minimizar os efeitos negativos dessa redução de gastos. Nesse sentido, os consumidores adotam diversas iniciativas em relação aos hábitos de consumo, como: as compras de produtos mais baratos, em liquidação ou com marcas próprias.
As empresas que compreenderem e aceitarem esse ambiente de mudança de hábitos terão oportunidades. Para tanto, vale atentar para determinados pontos, típicos de processos de desalavancagem. Primeiro, a demanda por bens duráveis e de maior valor, que cairá mais do que a demanda por outros bens de consumo. Segundo, o crescimento será cada vez mais desigual entre regiões. Terceiro, com margens sob pressão, as empresas precisam de maior produtividade e eficiência em suas operações para manter a rentabilidade. Por fim, as preferências do consumidor em relação ao valor mudarão. Haverá cada vez menos compras por impulso e menor fidelidade à marca. Isso pode ser um presente para vendedores de produtos e serviços orientados para o valor. Ao mesmo tempo, certos canais de varejo, como vendas on-line, serão favorecidos. Empresas com essa visão estarão mais preparadas para capturar oportunidades ao longo do ano de 2017.
Cenário doméstico O ano de 2016 encerrou com volume fraco e poucos negócios. A queda da inflação foi o principal destaque no cenário. O mercado de câmbio ao longo de 2016 refletiu a melhora de percepção de risco por parte dos investidores, em especial os estrangeiros. A cotação do Dólar frente ao Real encerrou a semana com queda de 0,31% e, no ano, a desvalorização foi de 17,88%, cotado a R$ 3,26.
O Ibovespa encerrou a semana com alta de 3,95%, aos 60.227 pontos. No ano, a valorização foi de 38,94%, melhor desempenho desde 2009. O saldo de entrada de recursos de estrangeiros na Bovespa também foi bem positivo, com aproximadamente R$ 14 bilhões superávit. O mercado de juros continuou o movimento de queda das últimas semanas, influenciado pela falta de liquidez. Além disso, as últimas leituras dos índices de inflação mais fracos e a queda das projeções para 2017 também contribuíram para queda da curva de juros. Os destaques da semana foram: para Jan18 a queda foi de 6 pontos; Jan19 apresentou queda de 7 pontos; Jan21 queda de 8 pontos e Jan25 queda de 3 pontos.
Fonte: CQCS
