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Empresas buscam consumidor rico e sofisticado

consumo aumentou mais de 70% no ano passado. Roupas de grife, móveis e imóveis – tudo cabe nos sonhos do cliente que pode pagar caro para ter um produto diferenciado.
As empresas desse mercado se direcionam para o consumidor que busca exclusividade e sofisticação. E, é claro, esse consumidor precisa ter também uma renda alta para adquirir produtos que tem preços bem salgados. As empresas apostam que esse público está crescendo no Brasil.
O país do bacalhau também prima pelo conforto. As poltronas norueguesas que reclinam com um sofisticado mecanismo de molas acabam de desembarcar no Brasil. O fabricante está de olho em um grupo de consumidores em ascensão por aqui: os que podem pagar até R$ 12 mil para não reclamar de dor nas costas ao ver TV. A expectativa é vender mil unidades até o fim do ano.
?Na análise da empresa, o país tem um público com o perfil de consumir este tipo de produto. É um público sofisticado. Esse é o tipo de mercado que a empresa está buscando?, afirma o diretor de uma empresa, César Garrubo.
O mercado de luxo no Brasil vai muito bem, obrigado! No ano passado, cresceu quatro vezes mais do que a economia. Na maquete de um dos maiores empreendimentos imobiliários do país, todo dedicado ao consumidor de alto poder aquisitivo, há torres comerciais, residenciais e um shopping sem nenhum apelo popular. Nele, não haverá praça de alimentação – apenas cafés e restaurantes sofisticados.
Em 2006, o mercado de luxo movimentou US$ 3,9 bilhões no Brasil, de acordo com um estudo da consultoria MCF. O crescimento é menor do que o de países como Rússia (63%), Índia (42%) e China (98%), mas surpreende em algumas capitais. Em São Paulo, esse tipo de consumo aumentou 74%; e no Rio de Janeiro, 32%.
A tendência, definitivamente, é o mercado Norte e Nordeste brasileiros. Cidades como Salvador, Manaus e Fortaleza já têm apresentado percentuais de crescimento muito interessantes?, apontou o consultor Carlos Ferreirinha.
Em pouco mais de dois anos de vida, essa marca de roupas para crianças abriu três lojas em São Paulo e se prepara para inaugurar uma nos Estados Unidos. O preço de um vestido chega a R$ 700.
?Meu público é AA. É aquela mãe que busca exclusividade, não quer ver sua filha vestindo a mesma coisa de várias crianças iguais?, diz a assistente de produção Patrícia Pereira.
De primeira linha
Também não faltam clientes na loja que vende jeans californianos de primeira linha. Pela lavagem e pelo corte diferenciados, paga-se até R$ 1,9 mil em uma calça. A grife francesa de maquiagem, perfumes e óculos abriu um quiosque essa semana em São Paulo, confiante no sucesso.
“O Brasil é um mercado de cosméticos importados que cresceu muito de uns anos para cá, principalmente das marcas de luxo e de prestígio, como a que trabalhamos”, comenta a vendedora Simone Maciel.
Se depender da comerciária Camila Tozini, o negócio está garantido: ?As vantagens são a durabilidade, o efeito, tudo isso?. E como faz pra pagar a conta? “Parcela”, diz a consumidora.
Apesar do crescimento do consumo de luxo os empresários deste tipo de negócio reclamam muito de um problema antigo: o peso da carga tributária, que chega a 70% para produtos importados.

Fonte: BBC

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