Empresas ampliam coparticipação em planos de saúde
O Globo Online destaca que, com a crise econômica, muitas empresas estão cortando ou reduzindo benefícios de funcionários com o objetivo de diminuir gastos. Esse movimento é percebido especialmente no segmento de planos de saúde. O percentual de companhias que oferecem planos com exigência de coparticipação dos trabalhadores subiu de 67% para 71% entre 2017 e 2019, segundo pesquisa da Aon Brasil.
No mesmo período, o percentual de empresas com plano de saúde que não permite o upgrade de nível subiu de 63% para 74%. O upgrade costuma ocorrer em promoções. Cargos mais altos na hierarquia, em geral, têm planos melhores, com maior cobertura, por exemplo, embora esses funcionários costumem ter seus salários descontados para ter acesso ao benefício.
– Sabemos que esse benefício (o plano de saúde) é um grande vilão de custo. É a segunda despesa para uma companhia, depois da folha de pagamento. É importante a empresa manter a qualidade do serviço, mesmo com essas restrições – afirma Rafaella Matioli, diretora de Consultoria de Saúde e Benefícios da Aon Brasil.
Para a Federação Nacional de Saúde Complementar (Fenasaúde), que reúne as maiores operadoras do setor, a coparticipação permite o uso consciente do plano de saúde por parte do trabalhador, evitando o desperdício e assim, a melhor utilização do plano.
‘Neste modelo, o consumidor tem uma mensalidade reduzida e paga parte do custo dos procedimentos realizados. Isso pode estimular novas e mais acessíveis formas de contratação, beneficiando todos os consumidores’, afirma a Fenasaúde em nota.
A pesquisa também mostra que caiu 11% o número de empresas que oferecem planos com duas operadoras. Mesmo com o aumento de restrições aos colaboradores, em dois anos houve um aumento de 22% na quantidade de companhias que optam por gestão de saúde como benefício.
No Rio, de acordo com o levantamento da Aon, 40% das empresas oferecem gestão de saúde e 78% não permitem o upgrade de nível no plano, acima dos números nacionais. E 61% das empresas têm coparticipação.
O levantamento analisou 640 empresas de todo o país, onde 37% delas têm até 500 colaboradores, 15% entre 500 e mil funcionários e 23% de mil a 3 mil profissionais.
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