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Empresários avaliam que 2006 foi um bom ano para a indústria

O ânimo do empresariado do setor industrial em 2006 está melhor do que em 2005. No ano passado, apenas 38,5% consideravam que haveria aumento de vendas no último trimestre. Já este ano, 40% acreditam que as vendas serão maiores; 37,5% dizem que não haverá mudanças em relação ao ano anterior e 22,1% acreditam que haverá redução.
Esses dados fazem parte de duas pesquisas feitas com empresas fluminenses e que foram divulgadas nesta quarta-feira (20) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Os levantamentos trazem um balanço do último trimestre e uma previsão para a indústria no próximo ano, além de projeções para a economia em 2007.
No total, foram ouvidas 106 empresas do estado do RJ, de 15 setores da indústria de transformação e da construção civil. Juntas, essas empresas empregam 37.519 trabalhadores, ou seja, cerca de 8,3% do total da mão-de-obra dos setores.
Apesar do cenário positivo, a melhora ficou abaixo do esperado. A maioria dos empresários esperava que o corte dos juros básicos garantisse a recuperação da atividade econômica. Em relação às vendas do quarto trimestre, pouco menos da metade dos consultados (47,4%) considerou que elas ficaram abaixo das expectativas. Já 42,2% informaram que o quadro estava dentro do esperado e apenas 10,3% se surpreenderam e disseram que os resultados superaram suas expectativas.
Sobre o número de empregados da empresa, 2/3 acham que, na comparação dos meses de novembro/dezembro com setembro, não houve mudanças e apenas 16% das empresas consultadas responderam que esse número diminuiu.
Carga tributária preocupa empresários
Em relação aos negócios, o que mais preocupa os empresários (84,6%) continua sendo a alta carga tributária. Segundo eles, essa é a grande difuculdade para o desenvolvimento da indústria. Outros motivos de preocupação são o aumento dos custos (38,5%) e a competição acirrada (37,5%).
Como os empresários acreditam que será o 1° trimestre de 2007
Novamente, o cenário apontado pelos entrevistados é positivo. Pouco mais de 45% das empresas esperam vender mais no primeiro trimestre de 2007 do que em 2006. Apesar disso, considerando as expectativas de vendas para os próximos três meses, mais de um quarto das empresas considera que seu nível de estoques esteja abaixo do desejado.
As empresas também se manifestaram sobre sua intenção de investir (ou não) em 2007. Cerca de 75% delas pretendem investir mais ou, pelo menos, o mesmo volume de recursos no ano que vem e menos de 15% não fará investimentos. São sinais positivos em relação à economia industrial de 2006.
As expectativas para 2007
Também foi perguntado qual a expectativa das empresas quanto à evolução da economia brasileira nos próximos seis meses. A resposta surpreende: 2/3 estão confiantes e mais de 57% acreditam que a economia brasileira vai crescer mais em 2007 do que em 2006. Apenas 5,7% antecipam um crescimento menor.
Vinte e seis empresas que fazem parte do ranking das 200 maiores empresas da FGV disseram o que pensam da economia em 2007. As empresas pertencem aos mais variados setores (Light, Merck, Piraquê, Ipiranga, CSN, CEG, Petrobras, entre outras) e atuam no âmbito nacional. Para elas, o cenário esperado se manterá como nos últimos anos (regime de metas de inflação, câmbio flexível e responsabilidade fiscal). E a taxa Selic continuará caindo suavemente; o IPCA ficará abaixo do limite; haverá um crescimento mais acentuado da economia; moderada desvalorização cambial e as exportações crescerão, mas a taxas menores.
S e depender da inflação, o cenário econômico será positivo. Nesta quarta-feira (20), o IBGE divulgou o IPCA-15 que antecipa o resultado fechado do ano. Segundo o instituto, o índice ficou em 2,96%, bem abaixo dos 5,88% registrados em 2005.
Impostos: principal entrave para o crescimento da economia nos próximos anos
Em torno de 80% das empresas falam sobre o absurdo da estrutura tributária nacional. Outro ponto bastante mencionado são os gastos do governo (51%). Segundo o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, seria preciso uma revisão dos gastos e algumas reformas para que haja investimento em infra-estrutura. “Existe um potencial formidável de crescimento, mas mágica não existe. É preciso tomar as medidas necessárias para que isso ocorra. Apesar disso, todos estão confiantes. É um trabalho árduo e profundo, mas não dá para escapar disso”.
Já para Carlos Mariani, vice-presidente da Firjan, a principal reforma que tem que ser feita é da mentalidade. “Tem que surgir uma liderança. O presidente Lula tem um ativo na mão hoje. Existe uma chance de ouro na mão. O dinamismo dos setores está cada vez mais evidente. A sabedoria é encontrar o ponto de equilíbrio”.

Fonte: G1

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