Empreendedorismo no mercado segurador brasileiro
O mercado segurador brasileiro ainda tem muito a se desenvolver, hoje a população brasileira ultrapassa os 200 milhões (IBGE), e existem cerca de 134 mil corretores de seguros em todo país, de acordo com dados Rating de Seguros Consultoria. No primeiro semestre de 2014, o setor de seguros faturou R$ 43,7 bilhões (esses dados não incluem o seguro saúde), obtendo um crescimento de 10%, em relação a 2013.
De acordo com o consultor econômico e sócio da Rating de Seguros, Francisco Galiza, se comparado ao ano passado o crescimento foi pequeno, mas é importante lembrar que o segmento está tendo alguma recuperação, o que pode levar a um certo otimismo no 2º semestre de 2014. O mercado segurador é notável para o desenvolvimento do Brasil, segundo Galiza, um dos fatores é gerar poupança e poder fazer investimento, assim promovendo segurança para se fazer negócio. “Os corretores e seguradoras tem muita iniciativa empreendedora, são dinâmicos e buscam novos projetos”.
Esse é um setor que vem crescendo a cada dia e contribuindo para economia do pais, e é importantíssimo no desenvolvimento econômico. Afirma o presidente do Sincor (PR), José Antônio de Castro. Ele acredita que não se desenvolve um país sem existir blindagem e garantias que possam trazer tranquilidade à sociedade, principalmente aos empreendedores.
O empreendedorismo no mercado segurador necessita de investimentos e disponibilidade de recursos para se desenvolver mais, pontua Castro. “O setor deve se desenvolver pela visão de que os corretores estão se atentando à necessidade de se organizarem e construírem parcerias e estruturas para desenvolvimento e crescimento de suas corretoras. Inicialmente havia uma visão de profissional liberal na pessoa física e por questões de mercado teve que se tornar uma pessoa jurídica, mas muitas das vezes, sem se ver como uma empresa, mas isto vem mudando e tomando corpo”, conta.
A participação do faturamento de Seguros é estimada para 2014, em 1,70% e 1,75% (sem saúde), do produto interno bruto (PIB), com uma variação de 1% se comparada ao ano passado (dados Rating de Seguros Consultoria). Sendo assim, o crescimento e desenvolvimento do setor dependerá muito de novos empreendedores. O país passa por um período de menor crescimento da atividade econômica, mas o mercado de seguros se mantém em constante crescimento, afirma o diretor comercial da Mapfre Seguros, Sérgio Machado de Oliveira.
Para Oliveira, o importante neste novo momento é o corretor continuar investindo em seu negócio. “A participação do mercado de Seguros em relação ao PIB do Brasil, se comparado a participação do mercado de seguros em países mais desenvolvidos, mostra o potencial que ainda temos de crescimento. “Os corretores de seguros são empreendedores em sua essência, estão investindo cada vez mais em profissionalização e estão mostrando cada vez mais amadurecimento para ofertarem novos produtos e serviços aos consumidores”, enfatiza.
Com a aprovação do Simples Nacional, o programa desburocratizará os processos e simplificará os procedimentos de abertura e fechamento das empresas, agilizando o prazo para essas operações. Para o presidente do Sincor (PR), essa aprovação trouxe muitas facilidades para o corretor de seguros que buscam empreender. “Eles poderão gerar empregos, contratar pessoas para poder lhe ajudar a desenvolver seu negócio e criar musculatura e investir em seus escritórios”.
O desenvolvimento e estruturação do mercado segurador passa necessariamente por novas ondas, com ideias novas e riscos assumidos por uma nova visão, afirma o diretor da regional Sul da Allianz Seguros, Eduardo Grillo. “Se de um lado nós temos que nos adaptar, de outro não podemos perder o timing das mudanças. As seguradoras e corretoras precisam estimular o empreendedorismo e fazer dele uma alavanca para o sucesso do próprio mercado”.
Ainda de acordo com Grillo, o setor tem fundamental importância no desenvolvimento econômico do país. “Basta olharmos o balanço social do mercado, quando analisamos o número de pessoas empregadas e a venda e reposição de veículos, por exemplo. Giramos uma economia importante, evitando o colapso de investimentos e a prevenção de perdas, seja para as empresas ou para as famílias”, destaca.
O vice-presidente da Lojacorr S.A. Rede de Corretoras de Seguros, Diogo Arndt Silva, contou que com o aumento da competitividade no setor, com a constante entrada de grupos seguradores multinacionais. Que trazem novas culturas de gestão e distribuição, novos produtos e tecnologias. “Colocam o tema empreendedorismos e intraempreendedorismo, com alvo das organizações, já que temas como planejamento, ousadia, inovação se tornam indispensáveis para competir neste setor”, afirma.
Para que o setor cresça e se consolide ainda mais, é preciso corretores engajados e sem medo de inovar, o mercado está aberto para novos empreendedores, e é importante que o corretor continue investindo em sua carreira, para que assim possa estar sempre preparado e apto para novas oportunidades.
Fonte: Seguros em Dia