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Em SP, 80% tiveram problemas com planos de saúde

Aproximadamente quatro em cada cinco usuários de planos de saúde
no estado de São Paulo enfrentaram algum problema relacionado aos serviços
prestados pelas operadoras nos últimos dois anos. Entre as principais
queixas, estão a lotação das salas de espera nos postos de atendimentos de
emergência e a dificuldade no agendamento de consultas médicas e exames
diagnósticos. Esses dados foram divulgados nesta quarta-feira pela Associação
Paulista de Medicina (APM) e fazem parte de uma pesquisa realizada pelo
Datafolha. O levantamento ainda mostrou que os habitantes do estado que
possuem algum convênio médico relataram, no mesmo período, uma média de
quatro problemas associados a qualquer tipo de serviço dos planos de saúde.
“Foi surpreendente essa alta porcentagem de usuários que tiveram
problemas e também a média de dificuldades relatadas. É inaceitável que um
sistema em que uma pessoa pague para ter atendimento apresente esses
números”, afirmou o presidente da APM, Florisval Meinão. A pesquisa se baseou em questionários aplicados em maio
deste ano e respondidos por 804 pessoas maiores que 18 anos, clientes de
algum plano de saúde e que haviam utilizado ao menos um serviço nos últimos
dois anos. O estudo foi feito em diversas regiões do estado de São Paulo. De
acordo com os dados, o usuário de planos de saúde tem, em média, 43 anos,
pertence às classes A e B e possui convênios médicos empresariais. Esse
levantamento não especificou quais operadoras impõem o maior e o menor número
de dificuldades enfrentadas por seus clientes. Emergências – Segundo o
levantamento, o maior índice de problemas enfrentados foi observado em
relação aos atendimentos de emergência. Quase 60% dos entrevistados afirmaram
ter utilizado esse serviço nos últimos dois anos e, entre eles, 72% disseram
ter tido algum tipo de dificuldade. Os principais problemas relatados foram
as salas de espera lotadas (67%) e a demora no atendimento (51%). “Essa
talvez seja a questão mais impactante de todas, pois mostra um alto índice de
problemas em um momento crítico no qual os pacientes estão correndo algum
algum risco. Portanto, é inaceitável esse número de problemas”, disse
Meinão.

Fonte: www.cvg.com.br

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