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Em livro de memórias, Tony Blair diz ter recorrido a bebidas para suportar a pressão do

O ex-premier britânico Tony Blair contou em seus livro de memórias, lançado nesta quarta-feira, ter recorrido a bebidas alcoólicas para conseguir relaxar e lidar com as pressões referentes ao cargo, um dos mais importantes do mundo.
“Uísque puro ou gim e tônica depois da janta, alguns copos de vinho ou até mesmo meia garrafa durante a refeição. Nada excessivo. Eu tinha limite. Mas percebi que a bebida estava virando um suporte”, revelou Blair, que governou o Reino Unido de 1997 a 2007, na obra “A Journey” (Uma Jornada). Segundo ele, o álcool foi mais benéfico do que maléfico.
O livro traz outro tema polêmico: o seu Partido Trabalhista. Blair criticou o seu sucessor no cargo de premier, Gordon Brown, que acabou derrotado nas últimas eleições para o consevador David Cameron.
Em trechos das memórias, Blair afirmou que não esperava que a guerra no Iraque se tornasse um pesadelo, mas reforçou não se arrepender de ter participado da invasão liderada pelos EUA em março de 2003. Ele repetiu um argumentou que se tornou bordão para justificar a ação militar: Saddam Hussein era uma ameaça e poderia ter desenvolvido armas de destruição em massa.
“Eu não posso me arrepender da decisão de ir à guerra(…) Eu posso dizer que eu nunca antecipei o pesadelo que se desenrolou”, disse Blair, referindo-se aos anos de derramamento de sangue por motivos políticos e sectários no Iraque após a invasão. “Eu refleti muitas vezes sobre se eu estava errado. Peço que reflitam sobre se eu poderia estar certo”, acrescentou, dizendo ter “chorado pelas vítimas da guerra”.
O lançamento do livro, que já está no primeiro lugar da lista de best-seller britânica, levou ativistas às ruas. Um grupo protestou na entrada de uma livraria em Londres. Lindsey German, da organização Coalizão Pare da Guerra, classificou Blair como um “criminoso de guerra” e disse que “o livro tenta justificar o injustificável”.
O ex-primeiro-ministro disse que doará os 4,6 milhões de libras (US$ 7 milhões) que recebera antecipadamente pelo livro, além do lucro das vendas, a uma entidade beneficente voltada a ex-integrantes e atuais membros das forças militares.

Fonte: O Globo

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