Em evento da Tokio Marine, ex-ministro da Fazenda, Pedro Malan, defende apoio à equipe eco
No evento da Tokio Marine, Expertise Grandes Riscos em Foco, realizado dia 1º de abril em São Paulo, o ex-ministro da Fazenda, Pedro Malan, fez uma análise do atual momento da economia e dos ajustes fiscais que estão sendo adotados pela equipe econômica para que o País recupere a credibilidade.[2] “O (Joaquim) Levy está tentando recuperar a credibilidade perdida na área fiscal e não há alternativa. É preciso fazer algo e quanto antes melhor. 2015 é um ano que começou a sinalizar quais problemas deverão ser tratados no próximo triênio e não apenas da macroeconomia”, disse Malan.
Segundo ele, a primeira lição é colocar a casa em ordem e, para isso, é preciso reconhecer a existência dos problemas, além dos fatores externos. “Há problemas macros que vão impactar em aumento de desemprego e o preço das commodities não devem apresentar grandes alterações”, analisou. Sobre a reforma fiscal, Malan destacou a importância em apoiar as iniciativas que estão sendo adotadas. “Na tentativa de equacionar a questão fiscal, abre-se um leque enorme de oportunidades”, sintetizou, acrescentando que “a capacidade de vislumbrar riscos e oportunidades está em entender o passado, presente e o futuro.
A história de um país é sempre um infindável diálogo entre passado e futuro. E, em 40 anos que participo do debate público, o Brasil melhorou em várias questões”, afirmou. Mas é preciso muito mais para que o País seja competitivo e atraente para os investidores. Principalmente porque se faz mais do que necessário investimentos em infraestrutura, um dos principais gargalos do Brasil e, nesse sentido, Malan defendeu a necessidade de clareza no papel do Estado. Conforme as suas palavras, “o governo precisa chegar a um consenso sobre a importância do investimento privado no Brasil e, se for o caso, por meio das parcerias público-privadas, com definições muito claras.
Não dá, por exemplo, para tentar fixar qualidade de serviços prestados e quantidade limite de retorno, o que não atrai investidores”. O lado positivo é que o ex-ministro crê que haverá um processo de consolidação em vários setores no Brasil e de investimentos. Porém, antes que isso aconteça e dependendo do prazo que se levará para colocar a casa em ordem, haverá uma conta a ser paga com as mudanças que virão
Fonte: Revista Seguro Total