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Efeito Petrobras leva empresas a antecipar ofertas

A operação da estatal deve ser realizada assim que o Congresso aprovar os projetos do pré-sal
A megaoferta de ações da Petrobras deve enxugar a liquidez do mercado no segundo semestre, dificultando emissões de outras empresas em um momento que já é de seletividade por parte dos investidores. A operação da estatal deve ser realizada assim que o Congresso aprovar os projetos do pré-sal.
Embora a emissão ainda não tenha volume definido, a Petrobras estima que haja demanda para algo entre US$ 15 bilhões e US$ 25 bilhões. Na média, significa R$ 37 bilhões, volume que só perde para a soma das ofertas realizadas em 2007 e em 2009.
É consenso entre os analistas que não faltará dinheiro para a estatal. Portanto, pode faltar para as demais companhias que forem à bolsa. Para o chefe da área de renda variável da Fundação Cesp, Paulo de Sá Pereira, não é coincidência as empresas se apressarem para fazer suas emissões ainda no primeiro semestre, mesmo com o cenário externo instável.
O “efeito Petrobras” antecipou várias emissões, apesar do desconto no preço exigido pelos investidores na compra dos papéis. Cinco ofertas iniciais foram fechadas neste ano: da administradora de shoppings Aliansce, da empresa de fidelidade Multiplus, da investidora imobiliária BR Properties, da empresa do setor naval OSX e da concessionária Ecorodovias. Nas quatro primeiras, o valor de venda das ações ficou abaixo do estimado pela empresa. Mesmo assim, a fila de pedidos de oferta não para de crescer.
As incertezas externas quanto à solvência de países europeus, como Grécia e Portugal, geram dúvidas sobre a recuperação da economia da zona do euro e deixam os investidores cautelosos. Nas ofertas, eles pressionam por preços menores. Na bolsa, reduziram sua participação no giro diário de uma média de 35% para 27%.

Fonte: Valor

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