Mercado de SegurosNotícias

Economistas temem impacto, mas elogiam força da economia

Economistas brasileiros falaram sobre a quebra do quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos, o Lehman Brothers, e suas conseqüências. Para eles, o Brasil pode não sofrer o impacto da crise econômica americana, mas que é importante ter cautela. “Nossa economia está indo muito bem, mas isso não significa que estamos imunes”, alertou o diretor da Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas (FGV), Yoshiaki Nakano.
“Esta crise [a norte-americana] é inédita e ainda não sabemos os efeitos e resultados de como será o estouro da maior bolha de crédito de todos os tempos, por isso ainda não temos previsões concretas do que pode ser feito”, disse o economista.
Já o professor do departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Antonio Correa de Lacerda, está certo de que a crise americana afetará o Brasil. “Não vamos mais repetir um crescimento de 6%”, previu. Para Lacerda, embora a economia brasileira esteja forte, o governo precisa ter cautela para que a crise dos Estados Unidos não abale tanto o Brasil. “Está na nossa mão, muita coisa depende de nós”, avaliou. Segundo ele, fatores internos como a regulamentação da taxa de juros de maneira adequada ao momento é o que ajudará o País a se manter forte no cenário internacional. “Teremos de ser muito competentes na gestão da política macroeconômica”, sugeriu.
O ex-ministro da Fazenda, Luiz Carlos Bresser-Pereira, converge para o mesmo pensamento: o “Brasil não está livre da crise americana”. “Cabe ao governo administrar, com atenção, a taxa do câmbio, que está ruim”, opina. Para Bresser, os bancos brasileiros não correm risco algum. “Em matéria de bancos, estamos a salvo porque não praticamos estes empréstimos especulativos”, explicou. Para Bresser, o momento atual é de esperar os próximos acontecimentos antes de tomar qualquer tipo de decisão. “Por hora não se tem o que fazer”, diz.
Seguros
O presidente da Federação Nacional das Corretoras de Seguro (Fenacor), Roberto Barbosa, disse ontem que não há risco de contaminação no mercado nacional da crise vivida pela seguradora americana AIG, que no Brasil opera em parceria com o Unibanco. De acordo com ele, a divisão brasileira opera de maneira independente. “De acordo com as regras do mercado segurador nacional, as empresas estrangeiras são obrigadas a ter uma operação independente no Brasil. Isto significa que elas precisam ter garantias locais e que suas reservas técnicas ficam internadas [alocadas] no Brasil”, explica ele. Segundo dados da Federação Nacional das Empresas de Seguro Privado e Capitalização, o mercado segurador brasileiro movimentou R$ 84,3 bilhões no ano passado, montante que deve saltar para R$ 98,3 bilhões este ano.

Fonte: DCI OnLine

Falar agora
Olá 👋
Como podemos ajudá-la(o)?