Economista diz que mercado segurador do País crescerá até 18% este ano
Com o crescimento de 6% do PIB obtido no primeiro semestre, o economista Alexis Cavichini acredita que a economia brasileira carimbou o passaporte para fechar o ano com expansão dessa ordem. Em conseqüência disso, o mercado de seguros vai manter o viés de forte alta este ano. Cavichini, tendo em vista o atual quadro, projeta uma evolução entre 16% e 18%, gerando um resultado operacional de R$ 86 bilhões e R$ 88 bilhões. Contando o ganho das aplicações financeiras, estimado em R$ 18 bilhões ou R$ 20 bilhões, após uma eventual alta da taxa Selic para a casa de 14% ainda este ano, a receita bruta anual do mercado avançará para R$ 105 bilhões ou R$ 110 bilhões.
Ao lembrar que a taxa de crescimento projetada para o mercado de seguros brasileiro está entre as maiores do mundo, Cavichini acrescenta que o setor terá condições de aparecer melhor na foto do ranking mundial. Para ele, o mercado segurador nacional poderá situar-se entre o 14º e o 15º lugar, dependendo da combinação entre a taxa de câmbio e comportamento do mercado australiano. “O dólar para mais ou para menos será uma variável importante para definir a posição brasileira”, disse ele.
Ao falar hoje, no Rio, com jornalistas sobre o livro “História dos Seguros no Brasil”, a ser lançado em outubro, Cavichini assegurou que as turbulências enfrentadas pelas bolsas mundiais, a partir da crise americana das hipotecas de alto risco (subprime), não afetam tão severamente a rota do crescimento global. Feita as contas, a economia americana pode fechar o ano com taxa de expansão de quase 2%, o que, somado ao resultado da União Européia e, sobretudo, ao dos países emergentes, com destaque para os 10% de alta do PIB chinês, elevará o crescimento global para a casa de 4,5% este ano.
No próximo ano, tendo em vista a perspectiva de desaceleração mundial, a perspectiva do economista é de que a economia brasileira reduza um pouco seu ritmo de crescimento, o que deverá também puxar um pouco o freio do mercado segurador. Mas nada assustador, tendo em vista que Cavichini projeta uma expansão média de 12% a 15% em 2009.
Alexis Cavichini e os jornalistas Denise Bueno, Jorge Clapp, Paulo Amador, Ubiratan Solino e Fernando Melo são os autores do livro História dos Seguros no Brasil, que terá 450 páginas.
Fonte: Fenaseg