Mercado de SegurosNotícias

Economia Verde

Já está em funcionamento a primeira rede brasileira de hospitais verdes e saudáveis. Ela foi lançada no mês passado, durante o 59 Seminário de Hospitais Saudáveis, em São Paulo. A rede já nasce com 26 unidades e nomes de peso como o paulista Sírio-Libanês, a Santa Casa de Misericórdia e o Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into), do Rio. A iniciativa tem o apoio da organização internacional “Saúde sem Dano, que reúne três mil hospitais em mais de 50 países.
Para fazer parte da rede, a instituição precisa cumprir pelo menos dois dos dez objetivos estabelecidos. Eles vão desde as tradicionais reduções no consumo de água e energia, passando pelo tratamento de resfduos e indo até itens mais específicos do setor, como o controle de estoque de fármacos, o fim da prescrição desnecessária de remédios e a substituição de substâncias perigosas, como o mercúrio.
Aliás, o combate ao uso do mercúrio nos hospitais foi a primeira bandeira do Projeto Hospitais Saudáveis, que nasceu em 2008. De acordo com Vital Ribeiro, presidente do conselho da entidade, hoje já é perfeitamente possível substituir termômetros e aparethos de pressão à base de mercúrio por alternativas digitais melhores, seguras e mais baratas.
O Into já baniu esses aparelhos dos consultórios, cumprindo uma das exigências. A outra foi alcançada com a reciclagem de 20 toneladas de lixo em seis meses e a redução de resíduos biológicos. Para cada meta, 15 ações precisam ser cumpridas e o trabalho é avaliado anualmente. Não existe uma certificação, mas uma intensa troca de experiências. Hospitais da África, por exemplo, além de tratar a água que usam, fornecem essa água para comunidades vizinhas.
A construção sustentável é outro item fundamental. No caso dos hospitais, não basta melhorar a iluminação e o consumo de água, é preciso ter materiais específicos que reduzam o risco de contaminação dos pacientes. Nos EUA existe um tipo de PVC próprio para esses prédios. Já o Serviço de Saúde Britânico criou metas de redução da pegada de carbono por unidade.
A proposta é reunir, em dois anos, pelo menos 700 dos 7.000 hospitais brasileiros. Redes como a Amil e a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) já fazem parte do grupo. A Unimed e a rede DOr também estão prestes a ingressar.
94% Foi o tamanho do crescimento no volume de recursos investidos em energia limpa no Brasil. Os dados são do terceiro trimestre de 2012 e se comparam com o mesmo período do ano passado. Segundo a Bloomberg New Energy Finance, no entanto, houve uma queda global de 20% no setor. O recorde batido em 2011 não deverá se repetir.
“Gosto de carvão. Vamos investir na tecnologia de carvão limpo. Além disso, vamos explorar o petróleo na costa do Alasca”
SUJEIRA ELEITORAL
Quando Winston Churchill disse que a democracia era o pior sistema político, depois de todos os outros, talvez não tivesse ideia do tamanho da sujeira que vem junto com ela. Em todos os sentidos. No primeiro turno da eleição para prefeito e vereadores do Rio, parte dessa sujeira foi quantificada: 384 toneladas de panfletos, placas e cartazes foram recolhidas na cidade. Cerca de 30 toneladas a mais do que em 2008. Se os candidatos tivessem que pagar apenas um centavo por cada panfleto jogado no chão com a sua cara ou número, a situação seria diferente. Uma logística reversa eleitoral. A Política Nacional de Resíduos Sólidos não prevê isso. Mas deveria.
FOI UM RIO QUE PASSOU EM MINHA VIDA
Depois de citar o “Samba do Avião” do maestro Tom Jobim, na semana passada, a coluna hoje vem com Paulinho da Viola. O rio da imagem é o Arroio Fundo, em Jacarepaguá, e ele passa na vida de milhares de moradores da região. Especialmente dos que moram na Cidade de Deus e têm o péssimo hábito de usá-lo como lixeira. A foto mostra uma ecobarreira que bloqueia a sujeira antes que ele chegue à Estação de Tratamento de Rio (ETR) instalada no local. Ela foi construída para os Jogos Pan-Americanos e depois ficou abandonada. Voltou a funcionar recentemente, mas enfrenta dois grandes problemas: o excesso de lixo e a falta de educação.
Imagine na Copa
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente está fazendo uma série de recomendações para a Copa do Mundo no Brasil. Os dirigentes da entidade acreditam que o país pode ter um desempenho ambiental sem precedentes, mas temem que o desafio de coordenar ações federais, estaduais e locais atrapalhe o resultado. As propostas vão desde a certificação dos estádios até a captação de água de chuva e o uso de lâmpadas eficientes. Mas o item mais importante é o compromisso de todos por uma Copa Sustentável.
Clima não é seguro
Maior empresa de resseguros do mundo, a Munich Re está preocupada com as mudanças climáticas. Um relatório da empresa mostra que as perdas seguradas por desastres passaram de US$9 bilhões/ano na década de 80 para US$ 36 bilhões/ano nos anos 2000. O estudo conclui que as alterações no clima estão causando este aumento e a situação deve piorar nos próximos anos. O trabalho está focado em desastres nos EUA, no Canadá, em Porto Rico e nas Ilhas Virgens, desde 1980. O pior ano foi o de 2001.
A crise e as emissões
Que o efeito estufa cresce nos períodos de prosperidade, todos sabem. A novidade, publicada na “Nature Climate Change; é que, em época de crise, a queda não é tão grande. O Bird estudou 150 países, de 60 a 2008, e conclui que as emissões de dióxido de carbono aumentam 0,73% para cada 1% de crescimento do PIB per capita. Mas caem 0,43% para cada percentual de queda no PIB per capita. Quando as economias declinam, as pessoas deixam de comprar carro, mas não param de dirigir. Faz sentido.

Fonte: O Globo

Falar agora
Olá 👋
Como podemos ajudá-la(o)?