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Dólar termina em queda em mercado fevhado nos EUA

O dólar comercial fechou a segunda-feira em queda, num dia de fluxos equilibrados e sem a referência dos mercados dos Estados Unidos, fechados por conta do feriado do Dia do Presidente no país. Para operadores, agora a tendência para o câmbio é de relativa estabilidade, com leve viés de baixa, respeitando o patamar de R$ 1,95, que se consolida cada vez mais no mercado como o novo piso do Banco Central para a moeda.
A divisa americana recuou 0,10%, a R$ 1,963, após chegar a subir 0,31%, a R$ 1,971, na máxima do dia. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o contrato de dólar futuro para março recuava 0,27%, aR$ 1,9670, antes do ajuste final.
Para alguns operadores, o dólar vai se estabilizar nos atuais patamares, ainda que o mercado continue testando a taxa de R$ 1,95, considerada por muitos o novo piso da banda cambial informal. Essa tese foi reforçada pelas duas últimas intervenções do BC, vendendo contratos de swap cambial reverso (cujo efeito é o de uma compra de dólar futuro) exatamente quando a moeda se aproximava desse nível.
“No curto prazo, o ‘trade’ (operação) é de venda”, disse o especialista em câmbio da Icap Corretora, Italo Abucater. Segundo ele, o fluxo cambial melhorou nos últimos dias mas, ainda assim, o governo pode ter dificuldade em manter a cotação atual do dólar. “O humor com o Brasil realmente não é mais o mesmo, e essas declarações desencontradas prejudicam ainda mais a visão do país. Em algum momento isso vai pegar.”
As dúvidas do mercado quanto ao papel que o governo e o BC querem para o câmbio aumentaram nas últimas semanas com declarações e atuações desencontradas e aparentemente contraditórias da autarquia e do Ministério da Fazenda. Enquanto viam sinais de uso do câmbio como arma para combate à inflação nas atuações do BC, operadores interpretavam declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, como indicação do contrário.
A mais recente declaração de Mantega é bastante clara. Segundo ele, o dólar não é instrumento para controle de preços, e sim os juros. Mesmo assim, e apesar dos leilões de swap reverso, a moeda já caiu quase 4% nos últimos 30 dias, muito graças a ações do próprio BC, que coincidem com sinais de maior preocupação da autarquia com a inflação.
No mercado externo, o Dollar Index, que mede o desempenho da divisa americana ante uma cesta de moedas, subia 0,22%, a 80,72 pontos, enquanto o euro recuava menos de 0,01%, a US$ 1,335, às 17h15..

Fonte: Valor

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