Dólar fecha em alta após a divulgação de dados sobre a economia brasileira
O dólar fechou em alta em relação ao real nesta quinta-feira (21), com investidores ainda atentos a notícias sobre o ajuste fiscal e o cenário econômico no Brasil, além da divulgação de dados sobre emprego e estimativa de crescimento.
A moeda norte-americana fechou a R$ 3,0426, em alta de 1,3%. Veja a cotação. Na semana, a alta acumulada é de 1,48% e no mês, de 0,98%. No ano, há valorização de 14,44%.
“O mercado mais ou menos se assentou um pouco acima de R$ 3 nas últimas semanas, parece um nível adequado em termos de fundamentos”, disse à Reuters o operador da corretora Intercam Glauber Romano. “O contexto fiscal ainda está complicado, a economia está fraca e o Banco Central parece estar menos atuante, então é natural que hoje o viés seja de alta”.
“A economia precisa de uma moeda mais fraca para enfrentar um ambiente externo menos favorável e para impulsionar exportações e a produção industrial”, escreveu a equipe de estratégia do Bank of America Merrill Lynch em nota a clientes, segundo a Reuters.
Na quarta-feira (22), os senadores adiaram para a próxima terça a votação da medida provisória 665, que altera regras de acesso a benefícios trabalhistas, mas a Câmara dos Deputados concluiu a votação da MP 668, que eleva as alíquotas de PIS e Cofins para produtos importados. Sobe e desce do dólar Veja o valor de fechamento em R$ por dataCreated with @product.name@ @product.version@3,01313,08073,06873,04663,02752,98353,05253,01953,03852,99272,99813,01843,04123,00353,0426cotação30/0404/0505/0506/0507/0508/0511/0512/0513/0514/0515/0518/0519/0520/0521/0533,12,9753,0253,053,075 Gráfico elaborado em 21/05/2015
O mercado aguarda o anúncio pelo governo sobre o corte de verbas do Orçamento da União de 2015.
O quadro de apreensão ganhou mais um impulso nesta manhã após uma leva de indicadores econômicos destacar a fragilidade da economia brasileira em 2015 e que a alta do desemprego não tem dado trégua.
Os investidores analisam os resultados do IBC-Br. O indicador do Banco Central, considerado uma prévia do PIB, mostrou retração de 0,81% no primeiro trimestre, e sugere que o país entrou em recessão. Também nesta quinta foram divulgados dados do desemprego, mostrando que a taxa cresceu para 6,4% em abril a maior desde março de 2011.
Além disso, a sinalização de que o BC deve diminuir sua interferência no câmbio, rolando apenas parcialmente os swaps cambiais que vencem em junho, tem limitado o espaço para mais quedas do dólar.
Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de swaps para rolagem dos contratos que vencem em junho. O BC já rolou o equivalente a US$ 5,514 bilhões, ou cerca de 57% do lote total, que corresponde a US$ 9,656 bilhões.
Fonte: G1