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Dólar fecha a R$ 1,79 e bate recorde de 14 meses

O dólar comercial continuou a escalada nesta terça-feira (20), valorizou 0,8% e atingiu o maior valor desde 1º de julho de 2010. Ainda com atenção voltada ao cenário econômico internacional, sobretudo em relação às contas públicas de alguns países europeus, a moeda americana fechou a R$ 1,79.A principal preocupação dos investidores é com a crise da dívida na Europa, onde se teme um calote da Grécia. No fim da tarde, o mercado mostrou ainda cautela com a reunião de política monetária dos Estados Unidos, que termina na quarta-feira (21) e na qual o FED (Federal Reserve, o banco central norte-americano) pode anunciar novas medidas de estímulo ao crescimento. Fatores locais também têm contribuído para a valorização do dólar, como a perspectiva de juros menores nos próximos meses e o desconforto de alguns investidores com medidas recentes do governo, como a cobrança de um imposto sobre operações financeiras que trabalham com especulação. Como o dólar mexe com seu bolso?A valorização do dólar diante do real favorece as vendas de produtos fabricados pela indústria nacional, já que as mercadorias chegam ao exterior com preços maiores. Isso pode se refletir no mercado de trabalho brasileiro, pois as empresas faturam mais e revertem parte desse lucro em investimentos em máquinas e equipamentos, que, por sua vez, precisam de mão de obra para ser operados. Por outro lado, quem pretende viajar para o exterior é prejudicado porque a moeda americana forte “come” uma parcela maior de reais do bolso do brasileiro, o que deixa o passeio mais caro. Além disso, produtos comprados de outros países (importados) chegam mais valorizados por aqui e podem afetar diretamente o bolso do consumidor. Ou seja, a valorização do dólar em relação ao real diminui o poder de compra do brasileiro em países como os Estados Unidos. Com isso, produtos como perfumes, roupas, eletrônicos, bebidas, entre outros, ficam mais caros. Cursos e viagens para o continente norte-americano também ficam mais pesados no bolso. Desvalorização no futuro
Apesar das recentes altas da moeda americana, alguns profissionais de mercado citam que os fundamentos do câmbio brasileiro, com entrada de dólares maior que a saída (fluxo positivo), tornam possível uma queda do dólar em breve. A estrategista de câmbio do HSBC, Marjorie Hernandez, escreveu, em relatório, que “no curtíssimo prazo, acreditamos que a recente desvalorização do real tenha sido grande demais”.- Vemos o dólar terminando o ano a R$ 1,65.Na opinião do diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme, não há “fundamentos críveis” para que a alta expressiva do dólar nos últimos dias. Para Nehme, a moeda ainda pode ter novos surtos de valorização antes de voltar a níveis entre R$ 1,60 e R$ 1,65. A entrada da moeda americana no país, que ainda é maior que a saída, e o nível relativamente baixo da taxa de câmbio em relação a 2008/2009 ainda pesam contra uma intervenção do Banco Central a favor da queda do dólar, avaliam agentes de mercado.

Fonte: R7 Notícias

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