Dólar acompanha moeda no exterior e cai ante real
O dólar opera em queda nesta terça-feira (22), acompanhando o desempenho da moeda no exterior e a despeito da menor interferência do Banco Central, que novamente só fará leilão de swap cambial tradicional para rolagem de 1º de dezembro.
Às 9h20, a moeda norte-americana caía 0,58%, vendida a R$ 3,3324, depois de ter caído 2,58% nos quatro pregões anteriores.
Na véspera, o dólar caiu 1,03%, vendido a R$ 3,352.
O momento de alívio vem depois da forte onda de aversão ao risco, que levou o dólar às máximas em anos, causada pela surpreendente eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.
O mercado teme que a política econômica norte-americana pode se tornar inflacionária e pressionar o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, a elevar os juros na maior economia do mundo.
O mercado monitora pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos porque taxas mais altas devem atrair para aquele país recursos aplicados atualmente em outros mercados. Isso motivaria uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real.
A pesquisa Focus do BC, que ouve uma centena de economistas toda semana, mostrou maior previsão para o dólar no fim de 2016, a R$ 3,30, ante R$ 3,22, após a vitória de Trump
Atuações do BC e cenário local
O Banco Central realiza nesta manhã leilão de swap cambial tradicional com oferta de até 19.815 contratos para rolagem de 1º de dezembro. O volume é inferior ao que vinha sendo ofertado até então, de 20 mil contratos.
Diante do cenário de menor pressão, o BC brasileiro indicou que fará menos intervenções ao anunciar na noite de sexta-feira apenas a rolagem dos contratos de swaps cambiais tradicionais que vencem no início de dezembro, destaca a Reuters.
Entenda: swap cambial, leilão de linha e venda direta de dólares
Na cena política e econômica, também pesava sobre os investidores a atual situação financeira dos estados e prisões de políticos influentes. O temor é que esse cenário possa atrapalhar a votação de medidas importantes para o governo no Congresso Nacional.
Fonte: G1