Dívidas caem, e 13º deve deixar contas em dia
Este ano, o número de trabalhadores que irão destinar o 13º para o pagamento de dívidas caiu 11%, segundo pesquisa realizada pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). O percentual, que é nacional, aproxima-se da situação vivenciada pelos juiz-foranos: de acordo com levantamento da Câmara de Dirigente Lojistas (CDL) realizado junto ao SPC Brasil, a inadimplência na cidade teve uma queda de 12% no ano, na comparação com o mesmo período de 2009. Diante deste cenário, com a redução do endividamento e aumento do poder aquisitivo da população (já que a maioria das categorias conseguiu reajustes acima da inflação), economistas ouvidos pela Tribuna dão dicas sobre o que fazer com o 13º salário (ver quadro). A primeira parcela deverá ser paga até o dia 30 de novembro para os trabalhadores que ainda não tiveram o benefício pago antecipadamente.
Em Juiz de Fora, deverá ser distribuído até o fim do mês um total de R$ 117 milhões para os cerca de 155 mil trabalhadores formais da cidade e 120 mil beneficiários da Previdência da região. Aposentados e pensionistas já receberam metade do benefício, totalizando R$ 40 milhões.
Segundo o economista e professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) Cid Botelho, a destinação prioritária do vencimento deve ser o pagamento das dívidas, sobretudo aquelas com juros mais altos, como cartão de crédito e cheque especial. “Quem não tem dívidas deve reservar recursos para o pagamento de gastos de início de ano, como IPTU e IPVA. Para estes casos, a poupança é a melhor opção, pela sua simplicidade.”
Planejamento
A especialista em finanças Fernanda Finotti destaca que o primeiro passo para se organizar é criar uma planilha de planejamento financeiro e reservar recursos para o primeiro mês do ano. “No caso de alguns impostos com descontos acima de 8% para pagamento à vista é interessante quitá-los de uma vez.” O que sobra, segundo Fernanda, deve ser distribuído em investimentos de renda fixa e renda variável. “Isso varia muito com o perfil do investidor. Há pessoas com maior ou menor aptidão ao risco, mas a diversificação é interessante.”
Para o economista Guilherme Ventura, os investimentos de longo prazo como previdência privada, ações e imóveis devem constar nas prioridades das aplicações com parte do 13º salário. “Há uma oferta grande de crédito imobiliário, e o investimento em lançamentos pode ser uma boa oportunidade.”
A segunda parcela do rendimento extra será paga em 20 de dezembro.
Fonte: Tribuna de Minas
