Dinheiro em caixa
Estratégias para a grana extra!
Em meio às incertezas sobre os rumos que a economia irá tomar, vi que a Receita Federal liberou mais um lote da restituição do Imposto de Renda, o que possivelmente irá alegrar aqueles que, mesmo agraciados, já não contavam com essa entrada de caixa adicional. É o seu caso? Então, o que fazer quando receber esse dinheirinho extra? Bem, tentarei mostrar o que você, meu querido leitor, deve fazer com estes recursos.
1. Liquide suas dívidas: É a primeira sugestão para quem anda enrolado com saldos negativos no cheque especial, rotativo no cartão ou outras dívidas caras para se liquidar. Não esqueça que as taxas de juros estão muito altas e, portanto, não há a menor chance de se levar vantagem em manter tais recursos aplicados enquanto se tem passivos a descoberto: alegria do credor, tristeza para o devedor!
2. Crie (ou aumente) o seu fundo para emergências: É minha segunda sugestão, e irá ajudá-lo a deixar seu orçamento mais parrudo diante da crise, que parece não ter fim. Comentei sobre este tipo de seguro em meu artigo da semana passada, lembra?
3. Aproveite a restituição para os gastos maiores: Se você não se enquadra nos dois casos acima, esta é minha terceira sugestão, pois, por vir toda de uma vez, a restituição lhe trará folga em seu saldo bancário… E como é consenso popular, em tempos de vendas em queda, ter dinheiro no bolso traz poder. Hora certa para aproveitar ofertas, chorar descontos ou adquirir produtos de melhor qualidade a preços inferiores. Quem sabe se não é a vez daquela reforma no quarto ou outra despesa de maior monta acontecer?
4. Invista: Não aproveitando nenhuma das dicas já citadas, minha quarta sugestão é que você invista os recursos, tendo em vista maiores voos futuros. Quem sabe um PGBL para complementar sua aposentadoria? Quem sabe um título público de prazo mais longo, que, no momento em que escrevo, chega a multiplicar seu investimento por mais de quatro vezes, além da inflação (caso da NTNB com vencimento em 2035)?
5. Dê um presente a si mesmo: Finalmente, caso nada do que escrevi faça sentido para você, gaste… Vá ao cinema, leia mais, saia com a família, relaxe. Mas, sinceramente, se fosse eu a decidir, no mínimo dividiría os recursos entre a gastança e a sugestão anterior… Mas isso é minha escolha, não necessariamente a sua, não é mesmo?
Roberto Zentgraf, CFP, e professor do Ibmec-RJ
Fonte: O Globo