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Desemprego voltou a cair em setembro

O mercado de trabalho se manteve em trajetória de recuperação em setembro, ainda que impulsionada por fatores sazonais e pela informalidade, avaliam analistas. A média das estimativas de 25 Instituições Financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data aponta para uma taxa de desemprego de 12,4% no mês passado, abaixo dos 12,6% registrados no trimestre encerrado em agosto. Em setembro de 2016, a taxa estava em 11,8%.

Se confirmada a média das projeções, será a sexta queda seguida do desemprego desde o pico de 13,7% em março. As estimativas variam de 12,3% a 12,7%. O IBGE divulga hoje a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

A Mapfre Investimentos é uma das seis instituições que apostam na taxa de 12,3% no trimestre findo em setembro. Para Luis Afonso Lima, economista da gestora, uma parte desta melhora se deve a fatores sazonais. “Temos sazonalidade favorável no segundo semestre que vai se acentuando até dezembro”, afirma.

Mesmo na série ajustada para retirar dos números o efeito sazonal, a taxa deve ter queda, de 12,6% no trimestre encerrado em agosto, para 12,4% em setembro, segundo os cálculos da Mapfre. “Há dois senões: o aumento do emprego é menor do que o crescimento da PEA [população economicamente ativa], na comparação anual. Outro senão é a questão da informalidade: a totalidade dos empregos criados é informal”, pondera Lima.

O economista lembra que os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que considera apenas o mercado formal, mostra uma melhora provocada mais por redução das demissões do que por um aumento das contratações, além de reduzida rotatividade, com nível baixíssimo de contratações e demissões.

O UBS projeta a taxa de desemprego em 12,4% em setembro, mas faz avaliação mais otimista. “Como o restante da atividade econômica, o emprego está em gradual recuperação. Taxas de Juros reduzidas, uma melhora na confiança dos empresários e baixa inflação sugerem mais uma queda moderada do desemprego”, diz o banco, em relatório.

Os economistas do UBS destacam porém que a taxa de desemprego ainda é mais que o dobro da registrada em 2014, quando o indicador estava em torno de 6%. Com isso, o hiato do produto se mantém amplo e não há pressões de curto prazo sobre a inflação de preços livres, como serviços.

A Tendências projeta taxa de desemprego de 12,4% em setembro. A abertura dos dados deve indicar aumento da população ocupada (1,6% na comparação anual, ante 1,2% no trimestre anterior) e aceleração da força de trabalho (2,3% ante 2%, em igual comparação). Dessazonalizada, a taxa ficaria estável em 12,5% em setembro, prevê a consultoria.

Fonte: Valor

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