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Desemprego norte-americano dispara e atinge taxa de 8,1%

O índice de desemprego dos Estados Unidos saltou para 8,1% em fevereiro, o maior nível de mais de 25 anos. A escalada tende a quebrar as finanças de um contingente maior de norte-americanos e a forçar novas reduções dos gastos do consumidor.
Os empregadores fecharam 651 mil vagas, no terceiro mês consecutivo em que as extinções de postos de trabalho ultrapassaram 600 mil. Essa é a primeira vez que isso acontece desde que essa variável começou a ser monitorada, em 1939, segundo revelaram cifras divulgadas na sexta-feira pelo Departamento do Trabalho em Washington. As correções relativas aos dois meses anteriores ceifaram mais 161 mil cargos.
A queda vertical da demanda mundial faz com que empresas norte-americanas que vão desde a General Motors até a Sears Holdings intensifiquem as demissões, perpetuando o ciclo de fechamentos de vagas e de cortes de gastos. O governo Obama deixou de lado a preocupação mais imediata com o déficit público e implementou um plano de incentivo à economia de US$ 787 bilhões destinado a criar ou proteger 3,5 milhões de postos de trabalho.
Dados de janeiro revisados
“Não há ainda um só sinal que aponte que chegamos ao fundo do poço, ponto a partir do qual as coisas só podem melhorar”, disse Ellen Zentner, economista-sênior do Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ de Nova York, antes da divulgação do relatório. “Esta é a pior recessão do pós-guerra.”
A retração das folhas de pagamento de janeiro foi corrigida para cima, para 655 mil empregos eliminados, a partir dos 598 mil anteriores, e as de dezembro revelam agora uma retração de 681 mil vagas, total superior às 577 mil originalmente estimadas. A queda de dezembro foi a maior desde outubro de 1949.
Contados os números de fevereiro, a economia dos EUA extinguiu quase 4,4 milhões de empregos desde dezembro de 2007, mês que marca o início da recessão. Essa foi a maior queda do nível de emprego dentre todas as desacelerações da economia ocorridas no pós-guerra.
O relatório mostrou que o nível de emprego industrial perdeu 168 mil empregos em fevereiro, depois de eliminar 257 mil postos de trabalho no mês anterior. Os economistas tinham previsto retração de 200 mil cargos. A diminuição inclui perda de 25,3 mil vagas nas fabricantes de equipamentos e de 27,5 mil nas processadoras de produtos de metal. As montadoras, o centro da derrocada do nível de emprego industrial, continuaram a afastar pessoal e a reduzir custos para manter-se em operação. A General Motors disse no mês passado que eliminará mais 47 mil postos de trabalho mundiais, enquanto a Chrysler anunciou mais 3 mil dispensas. O setor de serviços, que inclui bancos, seguradoras, restaurantes e varejistas, afastou 375 mil trabalhadores em fevereiro após ter cortado 276 mil no mês anterior. As financeiras reduziram as folhas de pagamento em 44 mil vagas, depois da retração de 52 mil registrada em janeiro. O quadro de pessoal do varejo diminuiu em 39,5 mil, após a retração de 38,5 mil observada em janeiro.
Promessas de Obama
O presidente Barack Obama prometeu medidas para contra-atacar o forte aumento da taxa de desemprego no país.
“Isso leva a um total assombroso de 4,4 milhões de vagas perdidas durante a recessão”, disse Obama na sexta-feira, logo após a divulgação dos dados oficiais. “Temos a responsabilidade de agir e isso é o que pretendo fazer como presidente dos Estados Unidos”, enfatizou.

Fonte: Gazeta Mercantil

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