Desemprego e renda sobem em junho, diz IBGE
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas do país subiu de 10,2% em maio para 10,4% em junho, segundo dados do IBGE. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando a variação havia sido de 9,4%, o avanço foi maior e representou um acréscimo de 289 mil pessoas no contingente de desempregados.
Já a renda do trabalhador subiu em junho pelo quinto mês consecutivo. O rendimento médio real foi estimado em R$ 1.033,50, o que significa uma alta de 0,5% em relação a maio. Em um ano, o poder de compra da população ocupada se recuperou e cresceu 6,7%.
Na comparação anual, houve melhora do poder de compra em todas as seis regiões: Recife (12,9%), Salvador (3,9%), Belo Horizonte (4,3%), Rio de Janeiro (7,4%), São Paulo (8,1%) e Porto Alegre (2,4%).
Segundo o IBGE, pela primeira vez no ano houve aumento no contingente dos ocupados. De maio para junho deste ano, foram gerados aproximadamente 170 mil postos de trabalho nas seis áreas pesquisadas, o que representa um aumento na população ocupada em torno de 0,9%.
Entretanto, o acréscimo no contingente de ocupados foi insuficiente para dar início ao processo de queda na taxa de desocupação.
Em um ano, o contingente de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado nas seis regiões pesquisadas cresceu em 296 mil, o que representa um avanço de 3,7% em relação a junho de 2005.
Atividades
Entre as seis regiões, nenhum grupamento de atividade apresentou alteração significativa na comparação com maio último. Entretanto, na comparação anual, o desempenho do grupamento de Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, que apresentou crescimento de 7,7%, teve destaque.
Em relação a maio de 2006, foi observada estabilidade em todas as regiões. No confronto com junho de 2005, três regiões metropolitanas apresentaram aumento no indicador de desocupados: Recife (de 9,6% para 15,4%), Rio de Janeiro (de 6,9% para 8,8%) e Porto Alegre (de 7,1% para 8,2%).
Fonte: Folha de São Paulo