Desemprego deve ter nova queda
A taxa de desemprego deve registrar sua quinta queda consecutiva no trimestre encerrado em agosto, preveem analistas. A média das estimativas de 24 Instituições Financeiras e consultorias aponta para uma taxa de desocupação em 12,7% no mês passado, ligeiramente abaixo dos 12,8% registrados no trimestre findo em julho, mas ainda superior à taxa de 11,8% de agosto de 2016. O pior ponto da curva foi registrado em março, quando o indicador chegou a 13,7%. As projeções variam de 12,5% a 13%. Os economistas estimam ainda que a média do percentual de desempregados fechará 2017 em 12,9%. O resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua será divulgado hoje pelo IBGE.
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) projeta a taxa de desocupação em 12,6% no trimestre findo em agosto. “Ficamos mais otimistas com o mercado de trabalho”, relata o economista Bruno Ottoni. Segundo o pesquisador, a percepção anterior era de que a geração de emprego aconteceria, mas de forma lenta, gradual e errática, acompanhando a recuperação do mercado formal. Mas com o desemprego surpreendendo para baixo, sempre puxado pela informalidade, houve uma mudança de entendimento.
O Haitong vê a taxa de desemprego em 12,7% em agosto, com a criação de empregos superando o crescimento no número de pessoas procurando ocupação. Mais pessimista, o banco Fator estima que a taxa de desocupação tenha subido a 13% no mês passado. Com projeção de 12,7% para a taxa de desemprego em agosto, a Mapfre Investimentos também acredita que o diagnóstico de melhora do mercado de trabalho merece ressalvas. “Primeiro, porque mesmo em queda na margem, a taxa de desemprego permanece em nível elevado de dois dígitos. Em segundo lugar, porque os empregos criados no setor privado são informais”, destaca.
Fonte: Valor