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Deflação é boa notícia, mas não deve durar

A deflação registrada no mês de agosto — queda de 0,02% nos preços no mês passado — foi uma boa notícia, mas a inflação deve voltar a subir nos próximos meses por causa dos efeitos da seca em alimentos e na tarifa de energia elétrica.

Por isso, não deve ter impacto significativo na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima semana — na reunião de 17 e 18 de setembro — quando o mercado prevê uma alta de 0,25 ponto percentual na taxa Selic.

O dado positivo da inflação do mês passado deve, pelo menos, garantir que a inflação termine o ano na casa de 4,3%, abaixo do teto da meta de inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5%.

E deve compensar a alta de preços que deve ser registrada até o fim do ano, tanto em alimentos como na energia elétrica, diante da fixação da bandeira vermelha pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), agência reguladora do setor elétrico.

No caso do Copom, o Banco Central já está mais preocupado com a inflação no próximo ano, diante do risco de que uma inflação pressionada no fim deste ano tenha impacto nos preços em 2025.

Por sinal, uma inflação que terá de ser enfrentada com um Banco Central reformulado, com maioria de diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): sete dos nove integrantes da autoridade monetária O Palácio do Planalto sabe que, na reunião da próxima semana, o Banco Central pode subir a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, de 10,5% para 10,75%.  

Fonte: NULL

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