Crise na aviação é alerta para infra-estrutura
SÃO PAULO, 7 de novembro de 2006 – As empresas de aviação que prestam serviços de táxi aéreo e aluguel de jatos executivos alertam para a situação do setor no País – um problema que vai além da estruturação do controle aéreo. Para o diretor comercial da OceanAir Táxi Aéreo, José Eduardo Brandão, outros problemas podem surgir se o governo não aplicar recursos na ampliação e modernização do setor. As restrições, segundo ele, foram “injustas”. “Essa situação não é um problema de sobrecarga do segmento, mas dos serviços”, afirma.
Brandão, ainda, levanta uma dúvida: ´Como o governo promete que a economia vai crescer, se não investe em infra-estrutura?´ Segundo ele, muitos negócios e investimentos no País dependem da aviação e, especialmente, dos jatos executivos. “Caso o setor não tenha condições para atender aos investidores, inclusive aos estrangeiros, que são muito exigentes, o Brasil começará a perder as oportunidades de evoluir economicamente”, afirma.
Seguindo o mesmo raciocínio, o superintendente do Sindicato Nacional das Empresas de Táxi Aéreo, Fernando Alberto dos Santos, cita o exemplo de um grupo de empresários canadenses que viriam ao Brasil, na semana passada, interessados em avaliar a instalação de uma unidade da empresa no País. No entanto, a viajem foi adiada para o próximo ano e o aluguel do jato executivo, que ficaria à disposição dos executivos, foi cancelado. “Outro exemplo, é o caso das negociações da Petrobras com o governo boliviano. As autoridades brasileiras não teriam prosseguido nas negociações se dependessem da aviação comercial”, acredita.
(Vanessa Stecanella – InvestNews)
Fonte: Gazeta Mercantil
