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Crime organizado ataca alvos civis; 42 ônibus queimados em SP

SÃO PAULO (Reuters) – entrou em seu terceiro dia atingindo também alvos civis. Ao menos 42 ônibus foram incendiados na capital e pelo menos 10 agências bancárias foram depredadas.
Até o momento, 74 pessoas teriam morrido nos ataques.
Na manhã desta segunda-feira, todas as empresas de ônibus da zona sul de São Paulo estavam paradas. Os pontos de ônibus amanheceram lotados e o trânsito estava bastante complicado em toda a cidade.
Agências do Banco do Brasil, do Bradesco e da Caixa Econômica Federal foram alvos de tiros dos criminosos. Já duas agências do Itaú e outra do HSBC foram incendiadas.
A violência já ultrapassou as fronteiras do Estado. Foram registrados ataques também no Paraná, Mato Grosso do Sul e Bahia.
Na série de ações violentas iniciadas na noite de sexta-feira, que atingiu delegacias, viaturas policiais, bases comunitárias e mesmo policiais à paisana, mais de 120 ataques foram contabilizados. No domingo, ao menos 11 ônibus foram incendiados, mas não houve registro de feridos, segundo o último balanço da Secretaria de Segurança Pública, divulgado em entrevista coletiva no domingo à noite.
As ações, segundo o comando da segurança pública de São Paulo, são uma reação da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) à transferência de líderes da organização para a penitenciária 2 de Presidente Venceslau (a 620 km da capital), complexo de segurança máxima idealizado para abrigar os membros do PCC.
Entre os 765 detentos transferidos para o presídio está Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, considerado o principal chefe do grupo.
Na manhã desta segunda-feira, ainda havia 46 rebeliões em andamento em presídios e centros de detenção provisória (CDPs) no Estado de São Paulo, onde presos mantinham centenas de reféns, principalmente agentes penitenciários.
Por toda a cidade foram montados bloqueios da polícia, que procura por suspeitos de participação nas ações. Até o momento, foram presos 82 suspeitos.
O governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), afirmou que o Estado “não vai se dobrar ao crime organizado” e dispensou a ajuda da Polícia Federal oferecida pelo governo federal. “Eu confio na polícia de São Paulo”, disse, acrescentando que a situação estava sob controle.

Fonte: Reuters Brasil

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