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Corretoras podem retornar à cidade com redução do ISS

Cerca de duas mil corretoras de seguros deixaram a cidade do Rio de Janeiro nos últimos três anos, transferindo suas operações principalmente para São Paulo, Belo Horizonte e Vitória, estima o presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (Sincor-RJ), Henrique Jorge Duarte Brandão. Ele calcula que cerca de 30 mil postos de trabalho foram fechados no Rio com a transferência de empresas para outras cidades.
Segundo análise de Henrique Brandão, esse esvaziamento foi e é provocado pelo Imposto Sobre Serviços (ISS). Enquanto as outras capitais reduziram a alíquota para 2%, o Rio permaneceu cobrando 5% sobre o faturamento das empresas de corretagem de seguros. Ele diz, contudo, acreditar na reversão desse quadro, bastando o Rio nivelar a alíquota com a das demais regiões concorrentes. Se o ISS for reduzido para 2%, todas as corretoras que saíram da cidade voltariam e, como o mercado vive um momento positivo, seria possível gerar 50 mil novos empregos, defende o presidente do Sincor-RJ.
EXPECTATIVA. Para ele, essa realidade está hoje mais próxima de se configurar, porque já há um projeto de lei de autoria do Executivo carioca reduzindo de 5% para 2% a alíquota do ISS incidente sobre a receita das corretoras de seguros. Desde que manteve um encontro com o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, como também com vários integrantes do secretariado municipal, há alguns dias, ele manifesta-se mais otimista quanto à possibilidade de aprovação do projeto, até porque já foi encaminhado para a apreciação da Câmara dos Vereadores. Foi uma ótima conversa com o prefeito. Agora, faço um apelo para que os vereadores aprovem a proposta o mais rápido possível, pede Henrique Brandão.
A reivindicação feita atualmente pelos corretores cariocas é realidade em várias partes do País. Belo Horizonte e São Paulo já algum tempo reduziram a alíquota do ISS para estancar a sangria de empresas para municípios do interior e até de outros estados. No Espírito Santo, Vitória e, mais recentemente, Vila Velha trilharam o mesmo caminho. Nestas cidades, a redução da alíquota de 5% para 2% é vista como reflexo da importância da corretagem de seguros para a economia local.
Em Curitiba, a Câmara Municipal também aprovou proposta da prefeitura de reduzir a alíquota de ISS para 3% por um período de avaliação, até final de 2009, podendo ser prorrogado por mais um ano. A expectativa é de que a redução da alíquota traga as corretoras de seguros para as suas cidades de origem,que saíram atraídas pelo incentivo fiscal municipal

Fonte: Jornal do Commercio

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