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Corretor de seguros: Uma carreira que cresce com o avanço do país

Uma das marcas do Brasil nos últimos anos foi o crescimento do poder aquisitivo, em especial, entre os mais pobres. A estabilidade da moeda, aliada ao controle da inflação e à elevação do PIB resultaram em um quadro no qual o brasileiro pode comprar cada vez mais, e não só itens de baixo valor. O fortalecimento do crédito permitiu ao cidadão adquirir produtos e serviços bem mais caros, como pacotes de viagens, carros, casas, obras de arte, entre outros.Com os bens mais valiosos vem o cuidado com a preservação deles. Afinal, problemas não têm hora para acontecer. Para fazer com que um imprevisto não se torne uma preocupação ainda maior, milhares de brasileiros buscam as mais diferentes formas de proteção. Um espaço e tanto para quem conclui o curso técnico de habilitação para corretor de seguros.Os produtos mais conhecidos são os que protegem automóveis e residências. Mas, com a diversificação dos negócios na economia, surgem outros formatos. Por isso, é cada vez mais importante para as empresas do ramo ter profissionais que conheçam as diferentes modalidades e tenham condições de orientar seu cliente sobre qual a mais adequada para preservar seu patrimônio. Ele é o intermediário entre a seguradora e o cliente , resume Maria Helena Monteiro, diretora de Ensino Técnico da Escola Nacional de Seguros (Funenseg).A instituição tem um curso específico que forma técnicos com a habilitação exigida pela Superintendência de Seguros Privados (Supep) para atuar no segmento. A formação dura menos de um ano é dividida em três módulos. No primeiro, de um mês, o estudante é habilitado para comercializar seguros de capitalização. No segundo, que tem como requisito a conclusão do primeiro, o preparo é para lidar com produtos na área de Vida e Previdência. Só após terminar esta etapa o aluno pode seguir para a última, que o capacita a atuar nos mais diferentes ramos de proteção ao patrimônio.E engana-se quem pensa que um técnico de corretagem é procurado só para seguros de vida, de carros de passeio ou acidentes pessoais. Hoje em dia há produtos voltados para os mais diferentes tipos de transporte, para residências, condomínios, instalações e equipamentos aeronáuticos, embarcações, riscos de Engenharia, entre outros. Isto sem falar no ramo de responsabilidade civil, que o indivíduo pode proteger-se contra prejuízos a terceiros decorrentes de ações que ele mesmo, ou seu beneficiado, cometem. E o profissional habilitado tem de conhecer todas as modalidades. Só entendendo cada uma delas, pode escolher a que melhor se encaixa no perfil de cada cliente , comentou Maria Helena Monteiro.As obras de grande porte que vêm por aí, em especial no Rio de Janeiro, prometem trazer ainda mais fôlego para este mercado. Tratam-se de Empreendimentos demandam, por vezes, oportunidades de seguro em toda a cadeia de produção: desde os equipamentos e veículos até a saúde dos funcionários. Segundo a diretora de Ensino Técnico da Funenseg, a formação curta e as boas perspectivas de empregabilidade fazem do curso de habilitação para corretor de seguros uma boa opção, não só para quem gosta de vender. É uma alternativa interessante também para quem pensa em seguir uma segunda carreira profissional, pois o curso não é longo e a função não possui barreiras de entrada. Basta fazer um curso que seja habilitado para formar corretores e começar a vender.Entre os ramos mais promissores, no caso das empresas, estão os de riscos de engenharia, por causa dos investimentos em infraestrutura previstos para o país. Já nos produtos que protegem o patrimônio individual, o destaque é para o segmento de automóveis, o residencial, e o de vida e previdência. No entanto, segundo Maria Helena Monteiro, o segredo para ser bem sucedido nesta carreira não está na modalidade em que o profissional pretende atuar com maior frequência.Em primeiro lugar, é preciso ter muita dedicação, iniciativa e uma boa dose de empreendedorismo. É preciso saber o que se quer e batalhar para conseguir. Também é importante ser dinâmico, ter uma boa rede de contatos e gostar de vender , comentou Maria Helena Monteiro, que destaca outro fator essencial da profissão: ter visão de longo prazo ao tratar com o cliente. O pior que um corretor pode fazer, segundo ela, é arriscar a fidelidade com quem o contrata em nome de vender um produto que não é adequado. O corretor, no fundo, é um consultor. Não existe apenas para vender.Embasamento teórico é fundamental, destaca corretoraNa vida, muitas situações nos deixam mais suscetíveis e propensos a correr riscos, tanto com nossos bens, quanto com a nossa própria vida. É a filosofia do vai que… . Mas existem pessoas responsáveis por proporcionar uma espécie de recompensa pelo risco: os corretores de seguro. Quem tem interesse em trabalhar com isso precisa, antes de mais nada, realizar um curso preparatório reconhecido. Foi o que fez a jornalista Paula de Almeida Pereira Tasca.Aluna da Funenseg, Paula Tasca foi a única filha, de três irmãos, a se interessar em dar continuidade ao negócio da família. Formada em Comunicação Social em 2007, atuou pouco tempo na área. Casou, engravidou e largou a profissão que amava. De volta da licença maternidade, foi trabalhar com o pai, dono de uma corretora de seguros, e se apaixonou pelo setor.A profissão de corretor de seguros garante boa remuneração, mas é preciso muita disposição para assumir esse cargo. É necessário que o profissional seja bastante comunicativo, honesto, tenha gosto por vendas, saiba lidar com pessoas e, acima de tudo, tenha o embasamento técnico necessário, que não se consegue só com a prática, mas principalmente com a teoria , garantiu Paula, que já faz planos e pensa em levar a corretora para caminhos de crescimento maior e mais oportunidades.O caso da família de Paula Tasca é comum. A maioria dos corretores de seguros tem sua própria empresa, que passa de pai para filho. A preferência por manter uma estrutura de negócios não está ligada somente ao desejo de ser o próprio patrão. O mercado da atividade da corretagem de seguros está em constante crescimento, embora seja novidade no país cada vez mais pessoas procurarem esse tipo de proteção financeira. Com isso, o setor permanece aquecido e se mostra em expansão. O que leva a imaginar que um aperfeiçoamento constante se faz ainda mais essencial.A área é bastante peculiar, possui um vocabulário próprio, com termos e denominações nada comuns aos leigos. Portanto, também é de responsabilidade do corretor de seguros fazer essa ponte entre a seguradora e o segurado, traduzir os termos da apólice, garantindo assim o entendimento e o acordo entre ambas as partes. Isso, o curso vem atendendo plenamente , disse Paula.Nestes tempos de concorrência acirrada e desenvolvimento de novos produtos por parte das empresas de seguros em operação no país, uma das principais sugestões dadas pelos especialistas da área aos corretores que desejam entender as mudanças e crescer no setor é a reciclagem profissional. Um estudo realizado recentemente revela o impacto que a educação tem no nível de renda dos profissionais da área. Ao apresentar um nível de escolaridade acima do segundo grau, a renda do corretor aumenta 40%.Os corretores perceberam a importância do treinamento e da atualização profissional para consolidar sua participação no setor e estão aprofundando os conhecimentos na área. De um modo geral, estão satisfeitos com a profissão que escolheram, trabalham muito mas estão constantemente se aperfeiçoando porque quem investe na carreira, ganha mais , disse a aluna da Funenseg, ressaltando que é fato que a remuneração do corretor aumenta conforme o tempo em que ele atua no segmento.

Fonte: Seguro em Pauta

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