Copom indica que juro subirá e ficará alto por mais tempo
O Banco Central informou nesta terça-feira (21) que prevê uma desaceleração da atividade econômica mais acentuada e acrescentou que, para conter a inflação, ainda elevada e disseminada, precisará subir mais os juros e mantê-los altos por um período maior de tempo.
As informações foram divulgadas por meio da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central realizada na semana passada, quando a taxa básica de juros da economia foi elevada de 12,75% ao ano para 13,25% ao ano um aumento de 0,5 ponto percentual. Foi décimo primeiro aumento seguido na taxa Selic, que atingiu o maior patamar desde dezembro de 2016.
Na ata, o BC reafirmou a indicação, já dada na semana passada, de que antevê um novo aumento na taxa Selic em sua próxima reunião, no início de agosto, de igual ou menor magnitude.
Com isso, sinaliza uma alta de 0,5 ponto percentual, ou menos. O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas, informou.
Atividade em desaceleração
O BC avaliou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) registrado no primeiro trimestre, impulsionado pelo setor de serviços, está ligado a processo de normalização da economia após a pandemia.
Quando olha para frente, o Copom vê desaceleração do nível de atividade no país. “O Comitê avalia que a atividade deve desacelerar nos próximos trimestres quando os impactos defasados da política monetária [de alta dos juros] se fizerem mais presentes”, informou. O BC também estimou desaceleração no resto do mundo, na esteira da guerra na Ucrânia e alta da inflação, resultando em elevação dos juros em outras economias.
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