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Copa do Mundo: uma em cada 4 famílias pretende consumir mais

Faltando poucos dias para o início do Mundial de Futebol da Rússia, pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revela que 24,0% das famílias brasileiras apresentam intenção de consumir itens relacionados ao Mundial de Futebol de 2018.

Esse percentual representa menos da metade dos registros de intenções de consumo às vésperas da Copa realizada no Brasil em 2014 (50,1%). O levantamento da entidade foi realizado em todas as capitais do país e suas respectivas regiões metropolitanas, entrevistando cerca de 18 mil consumidores.

Naturalmente, além do menor envolvimento da população com o próximo Mundial a se realizar no exterior, as condições de consumo em 2018 ainda se encontram menos favoráveis do que há quatro anos.

A despeito de país já ter deixado para trás o processo recessivo, a recuperação da economia e do consumo segue lenta e sujeita a oscilações. No trimestre encerrado em abril de 2014, por exemplo, a taxa de desemprego no Brasil era de 7,1% da população economicamente ativa, contra os 12,9%, recentemente divulgados através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).

Igualmente, a taxa média de juros cobrada dos consumidores na concessão de crédito, atualmente em 55,0% ao ano, era de menos de 47,9% às vésperas do Mundial realizado no Brasil.

Os produtos mais procurados deverão ser alimentos e bebidas (9,9%), itens de vestuário masculino, feminino e infantil (7,5%) e aparelhos televisores (4,3%). Em todos esses casos, entretanto, as intenções atuais de gastos se mostraram menores do que aquelas relatadas antes da Copa passada (21,5%, 14,3% e 13,3%, respectivamente).

No plano regional, as maiores intenções de consumo de alimentos e bebidas foram relatadas em São Luís (30,7%) enquanto que os consumidores de Boa Vista (23,3%) e Manaus (12,6%) estão os mais propensos a consumir itens de vestuário e televisores, respectivamente.

A maioria (51,6%) daqueles que pretendem consumir deve gastar pelo menos R$ 200,00, sendo que, 39,2% declararam intenções de consumir mais de R$ 300,00. Entre as famílias com renda mensal superior a dez salários mínimos, o gasto médio acima de R$ 300,00 representa mais da metade (50,6%) do universo pesquisado. As famílias desta faixa de renda, entretanto, correspondem a menos de 16% do universo pesquisado.

Quanto às modalidades de aquisição, a maior parte dos consumidores (83,8%) deverá se dirigir às lojas físicas, especialmente aqueles que integram o estrato de famílias com renda média mensal menor ou igual a dez salários mínimos (85,6%). O varejo virtual ainda não representa 5% do faturamento anual do comércio brasileiro.

Segundo 63,6% dos entrevistados, os gastos serão pagos à vista, sendo ainda mais frequentes entre os consumidores da faixa de renda mais elevada (70,9%). Curitiba (83,0%), Boa Vista (72,9%) e São Paulo (72,1%) destacam-se das demais áreas na incidência de pagamentos à vista.

Em relação aos gastos com alimentos e bebidas, a pesquisa avaliou as intenções quanto ao local de consumo. Nesse sentido, a maior parte (53,2%) daqueles propensos a efetuar esses gastos pretende fazê-lo no domicílio, contra 18,8% das intenções voltadas para o consumo em bares e restaurantes.

Para 28%, não haverá diferença significativa quanto ao local de consumo de alimentos e bebidas. Portanto, independentemente da faixa de renda, o domicílio será o local predominante para o consumo desses produtos.

Fonte: CNC

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