Contratar seguro na hora de viajar é investimento
Qualquer custo vale a pena para garantir que uma viagem não seja prejudicada por imprevistos. É por isso que especialistas aconselham que ninguém saia do país sem um seguro de viagem. A procura pelo produto no Brasil tem crescido. Porém, a maioria dos turistas ainda sai do país sem contratá-lo.
A primeira dica a quem pretende viajar é que saiba a diferença entre Assistência Viagem e Seguro Viagem, para que possa escolher com propriedade. Enquanto a assistência viagem fornece uma rede conveniada para que o turista utilize os serviços oferecidos no contrato, o seguro viagem reembolsa as despesas que o viajante tiver e que estejam previstas na apólice.
Outro ponto importante é saber que alguns países (como os da Comunidade Europeia) exigem que o turista chegue ao destino já com um plano de assistência médica.
Além disso, Mauro Pimenta, sócio diretor da VIS Corretora, afirma que algo imprescindível para o turista é saber que ele corre o risco de ter custos muito maiores do que teria no Brasil, principalmente médicas, se estiver desprotegido. Segundo ele, as despesas são de 60 a 70% mais caras.
Maurinei Santos, diretor geral da corretora Intermundial Brasil, concorda com Pimenta, acrescentando que hoje existe um trabalho de conscientização no Brasil para que as pessoas entendam a importância de ter uma proteção durante a viagem, sabendo que se trata de um investimento.
A opinião de todos os especialistas é unânime: o cliente precisa saber se a cobertura oferecida é adequada ao perfil das pessoas beneficiadas (idade e condições físicas) e ao perfil da viagem (clima do local, atrações turísticas, duração do passeio, etc.).
Somado a isso, Maria Silvia Zeppini, diretora geral da April Coris, grupo que desenvolve, gerencia e distribui soluções de seguros e serviços de assistência, enumera ainda outros conselhos: O turista precisa analisar bem as coberturas que são oferecidas; não pode sair do país sem ler com cuidado as informações básicas sobre o produto contratado e não pode deixar de contatar a central da assistência sempre que precisar, afirma.
Pimenta adiciona outra recomendação: contratar o seguro no mínimo 48 horas antes da viagem, pois no momento de check in a cobertura já vale.
Apesar de o seguro viagem ser mais comercializado internacionalmente, Maria Silvia acredita que ele também é importante para viagens nacionais. Adquirir o produto nacional também é bom porque muita gente não tem um plano de saúde que cobre nacionalmente, e é uma aquisição que não custa caro, afirma.
Caso precise usar a assistência ou o seguro, o cliente deve ligar para a central de atendimento do produto informando seus dados pessoais. A central é responsável por orientar o cliente de acordo com a ocorrência. A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer local. O sistema da April Coris, porém, pode reembolsar o cliente, caso ele não consiga a ligação gratuita, como também permite contato através de e-mail, Whatsapp e mensagem de texto pelo celular.
O valor dos produtos varia de acordo com o perfil do cliente e da viagem. Ainda assim, são preços que não chegam perto do que seria gasto no exterior.
Na Intermundial Brasil, o preço é fixo: 4% do valor total da viagem.
A Resolução 315 do Conselho Nacional de Seguros Privados, de setembro deste ano, alterou as regras para operação do seguro viagem. Agora, as despesas médicas, hospitalares e odontológicas passam a fazer parte das coberturas obrigatórias internacionais. Em viagens nacionais, essa cobertura será opcional.
Tornou-se obrigatório também a cobertura da volta do consumidor em caso de impedimento de retorno, traslado médico e traslado de corpo.
Anteriormente, eram apenas duas coberturas obrigatórias: nos casos de morte e invalidez permanente.
Referente a isso, o conselho que Pimenta dá é que os clientes procurem diretamente as corretoras na hora de contratar o produto, pois elas já estão adaptadas às novas regras.
Fonte: CQCS